A (re)invenÃÃo do saber histÃrico escolar: apropriaÃÃes das narrativas histÃricas pela prÃtica pedagÃgicas dos professores de HistÃria

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

A pesquisa compreende as apropriaÃÃes das narrativas histÃricas escolares pela prÃtica pedagÃgica dos professores de HistÃria do ensino fundamental da rede municipal do Recife. Para tanto, busca-se analisar a estrutura discursiva das narrativas para identificar as matrizes historiogrÃficas que servem de referÃncia na sua transposiÃÃo didÃtica. Neste processo, analisamos tambÃm as estratÃgias metodolÃgicas privilegiadas nas apropriaÃÃes das narrativas histÃricas escolares, bem como os procedimentos didÃticos associados à apropriaÃÃo destas. A investigaÃÃo teve como campo os ciclos finais do ensino fundamental (3 e 4 Ciclos) de quatro escolas da rede citada. Elegemos como sujeitos cinco (5) professores, todos graduados em licenciatura plena em HistÃria. Para a coleta dos dados, utilizamos entrevistas (iniciais, durante as observaÃÃes de sala, e finais) e observaÃÃes em sala, ambas Ãudio-gravadas e convertidas em peÃas protocolares, constituindo nosso corpo documental. Quanto ao tratamento dos dados, nos apoiamos nas formulaÃÃes de Bardin (1977) sobre a anÃlise de conteÃdo. Diversas matrizes historiogrÃficas participaram das (re)invenÃÃes, apresentando-se muitas vezes em estruturas mistas. NÃo obstante, percebe-se uma preponderÃncia do Marxismo. No que tange Ãs estratÃgias metodolÃgicas adotadas pelos professores, detectamos os mÃltiplos usos da oralidade como forma privilegiada para as apropriaÃÃes. Na anÃlise dos procedimentos didÃticos, identificamos o fenÃmeno das relaÃÃes didÃticas compreendidas enquanto uma apropriaÃÃo das propostas de inovaÃÃo do ensino para a prÃtica da HistÃria escolar. Percebemos que o repertÃrio de saberes histÃricos escolares formados na graduaÃÃo e nos anos iniciais da profissionalizaÃÃo representou um nÃcleo duro da transposiÃÃo didÃtica interna. Da mesma forma, a oralizaÃÃo do saber histÃrico mostrou ser um elemento intrÃnseco à cultura profissional docente, nÃo podendo ser inexoravelmente associada a uma perspectiva inovadora ou conservadora em si mesma. Refletimos que as relaÃÃes didÃticas encontram sua fundamentaÃÃo na possibilidade de representar um instrumento Ãtil à prÃtica pedagÃgica dos sujeitos. A riqueza e a diversidade dos fenÃmenos nos possibilitaram vislumbrar a complexidade que caracteriza o ensino de HistÃria vivido e praticado nas salas de aula

ASSUNTO(S)

transposiÃÃo didÃtica school historical narrative didactical phenomena fenÃmenos didÃticos pedagogical practices narrativas histÃricas escolares didactical transposition prÃtica pedagÃgica ensino de histÃria teaching of history educacao

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