RepresentaÃÃo polÃtica e constituiÃÃo de identidadesas: estudo sobre a narrativa petista

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Nessa pesquisa objetivamos estudar a histÃria da relaÃÃo de representaÃÃo polÃtica entre o Partido dos Trabalhadores (PT), a Central Ãnica dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Observamos, nesse contexto, vozes e demandas feministas no interior dessas agremiaÃÃes. Refletimos acerca da existÃncia de uma dimensÃo ontolÃgica na aÃÃo de representaÃÃo polÃtica, relacionando-a com o estabelecimento das curvas identitÃrias do PT, CUT e MST ao longo de suas histÃrias. ConstruÃmos para tal um instrumental analÃtico a partir da triangulaÃÃo entre a teoria do discurso de Ernesto Laclau, a abordagem da identidade em anÃlise de narrativas de Margaret Somers e a semiÃtica de Greimas. Desse esforÃo, surgiram, como contribuiÃÃo teÃrica da pesquisa, o conceito de ambiente narrativo, que procura aproximar, em uma perspectiva nÃo-idealista, as regras de formaÃÃo dos discursos com a prÃtica polÃtica; e a abordagem espacial de hegemonia, que propÃe a incorporaÃÃo da dimensÃo extralingÃÃstica dos discursos na anÃlise polÃtica. Aceitando o desafio de contribuir para a superaÃÃo da crise de paradigmas, que acreditamos assolar a tradiÃÃo de esquerda, apontamos para a conveniÃncia de se refletir acerca da ânecessÃriaâ articulaÃÃo entre os modelos social e representativo de democracia. Em contraposiÃÃo à pretensa superioridade racional do discurso Ãtico e republicano, propomos que as aÃÃes antagonÃsticas devem resignificar valores narrativos comunitÃrios prÃ-modernos para construir um modelo socialista de democracia. O local emerge na narrativa petista como um espectro que ameaÃa o discurso Ãtico-republicano e sua tentativa ideolÃgica de promover um fechamento na totalidade do social. Tal discurso termina, entretanto, por interpelar a narrativa que analisamos. Esse processo culmina na construÃÃo de um modelo participativo de democracia, o modo petista de governar. Tal modelo, ao tornar a contrahegemonia intra-sistÃmica, condiciona os termos pelos quais se darÃo as escolhas polÃticas e, portanto, limita o horizonte polÃtico e identitÃrio de representantes e representados. ConcluÃmos apontando para a possibilidade estratÃgica de se romper com o preceito liberal da autonomia da esfera polÃtica e promover uma articulaÃÃo com outras esferas e dimensÃes do social (cultura, economia, religiÃo, educaÃÃo), como forma de fuga do corporativismo

ASSUNTO(S)

narrative discourse discurso ideologia social movements democracia movimentos sociais representaÃÃo polÃtica ideology identidade partido dos trabalhadores workerâs party sociologia narrativa democracy partido polÃtico political party political representation identity

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