Aspectos bioquÃmicos e fisiolÃgicos da biorremoÃÃo de pireno por Rhizopus arrhizus ucp 402 e r. arrhizus ucp 402x (mutante)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

Os fungos da ordem Mucorales tÃm se destacado pelo seu excelente potencial biolÃgico na eliminaÃÃo de contaminantes tÃxicos do ambiente. InvestigaÃÃes foram realizadas no sentido de utilizar processos de biorremediaÃÃo para a remoÃÃo de pireno por Rhizopus arrhizus. Estudos iniciais foram realizados para obtenÃÃo de um mutante fisiolÃgico utilizando o teste de resistÃncia ao pireno. O processo de germinaÃÃo de esporos de R. arrhizus demonstrou que a presenÃa de pireno (10 mg/L) nos meios de cultura testados BDA (Batata Dextrose e Ãgar) e SAC (Peptona e Sacarose), acelerou o processo de germinaÃÃo dos esporos das linhagens selvagem e mutante. O crescimento radial das linhagens de R. arrhizus foi inversamente proporcional ao aumento da concentraÃÃo de pireno no meio de cultura. A linhagem mutante demonstrou melhor adaptaÃÃo no meio de cultura contendo 50 mg/L de pireno, quando comparada à linhagem selvagem. Estudos subseqÃentes foram realizados com os perfis de Ãcidos graxos e do sistema de ubiquinonas nas linhagens selvagem e mutante, mantidos no meio de cultura YMB contendo pireno (10 mg/L) e o controle (sem pireno). Os resultados com marcadores bioquÃmicos demonstraram alteraÃÃes do percentual de ubiquinonas e do perfil de Ãcidos graxos. As duas linhagens apresentaram as Coenzimas Q7, Q9 e Q10. A linhagem selvagem demonstrou diferenÃa no percentual da Coenzima principal Q9 (32%) em comparaÃÃo com a linhagem mutante (8,4%). Uma reduÃÃo discreta nos percentuais dos Ãcidos graxos tambÃm foi observada em ambas linhagens. A anÃlise por cromatografia em fase gasosa (CG), evidenciou a presenÃa dos Ãcidos graxos: olÃico (18:1), palmÃtico (C16:0), palmitolÃico (C16:1), esteÃrico (C18:0), linolÃico (C18:2) e γ-linolÃnico (C18:3). Contudo, observou-se um aumento significativo dos percentuais de Ãcidos graxos saturados (C16:0) e (C18:0) e insaturados (C18:1) e (C18:2) na linhagem mutante, quando cultivada na presenÃa de pireno (10mg/L). A anÃlise atravÃs da cromatografia lÃquida de alta eficiÃncia (CLAE) tambÃm demonstrou um aumento significativo no percentual da Coenzima Q9 na linhagem mutante, quando cultivada na presenÃa de pireno (10 mg/L). Os processos de biorremoÃÃo/biossorÃÃo do pireno utilizando micÃlio inativado de R. arrhizus UCP402 e UCP402x, em ensaios a partir de um planejamento fatorial de dois nÃveis, demonstraram taxas elevadas de biossorÃÃo, 99,7% (linhagem selvagem) e 99.4% (linhagem mutante). No entanto, a cinÃtica de remoÃÃo do pireno com o micÃlio vivo das linhagens selvagem e mutante, analisados atravÃs de CLAE confirmaram o excelente desempenho da biorremoÃÃo do pireno, correspondendo a 99,2% e 99,6% no meio YMB e 97,30% e 98,95% no meio SAC, respectivamente, para as linhagens selvagem e mutante. Os resultados obtidos com os processos de biorremoÃÃo/biossorÃÃo do pireno indicaram o grande potencial biotecnolÃgico de R. arrhizus UCP 402x

ASSUNTO(S)

pireno ciencias biologicas rhizopus arrhizus fisiologia bioquÃmica

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