Manobra de ventilaÃÃo percussiva intrapulmonar em cÃes submetidos à injÃria pulmonar aguda por Ãcido olÃico: repercussÃes cardiorrespiratÃrias

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Este trabalho teve por objetivo avaliar as repercussÃes da manobra de VentilaÃÃo Percussiva Intrapulmonar (IPV) em cÃes submetidos à LesÃo Pulmonar Aguda (LPA) induzida atravÃs da infusÃo IV de Ãcido olÃico (0,10ml/Kg). Foram avaliados os seguintes parÃmetros cardiorrespiratÃrios: 1- mecÃnica respiratÃria: ComplacÃncia estÃtica (CEST) e ResistÃncia do Sistema RespiratÃrio (RSR); 2- trocas gasosas: relaÃÃo PaO2/FiO2, DiferenÃa alvÃolo arterial de oxigÃnio [D(A-a)O2] e pressÃo parcial de diÃxido de carbono (PaCO2); 3- hemodinÃmica: PressÃo Arterial MÃdia (PAM) e FreqÃÃncia CardÃaca (FC); e 4- Teleradiografia do tÃrax. ApÃs induÃÃo da LPA, os animais foram divididos em dois grupos experimentais: manobra de recrutamento alveolar (MRA) (n=5) e manobra de ventilaÃÃo percussiva intrapulmonar (IPV) (n=6). No grupo MRA, os animais foram submetidos à manobra de MRA que consistiu na aplicaÃÃo de uma pressÃo inspiratÃria de 10 cmH2O e uma PressÃo Positiva ExpiratÃria Final (PEEP) de 30 cmH2O, durante 2 minutos, no modo de ventilaÃÃo pressÃo controlada, com FreqÃÃncia RespiratÃria (FR) de 10 irpm. No grupo IPV, foi aplicada uma pressÃo inspiratÃria de 10 cmH2O e uma PEEP de 30 cmH2O, durante 2 minutos, no modo pressÃo controlada com uma freqÃÃncia respiratÃria de 150 irpm, o que correspondia a uma frequÃncia de 2,5 Hz. Os parÃmetros da mecÃnica respiratÃria e das trocas gasosas foram avaliados antes, imediatamente, aos 5 e 15 minutos apÃs cada manobra e os parÃmetros hemodinÃmicos foram avaliados nesses momentos e, durante as manobras. Na anÃlise estatÃstica utilizamos o teste nÃo-paramÃtrico de Wilcoxon para anÃlise intragrupos e Mann-Whitney para anÃlise entre os grupos, sendo considerado nÃvel de significÃncia de 5 %. Os resultados mostraram melhora da mecÃnica respiratÃria atravÃs do aumento da CEST (p<0,05) em ambos os grupos, porÃm, este parÃmetro se mostrou mais elevado no grupo IPV aos 15 minutos apÃs a manobra. TambÃm foi observada melhora nas trocas gasosas para ambos os grupos, atravÃs do aumento significativo da relaÃÃo PaO2/FiO2 (p<0,05) e diminuiÃÃo da [D(A-a)O2] (p<0,05). A ventilaÃÃo alveolar no grupo IPV foi maior mantendo-se nÃveis adequados de PaCO2 apÃs a manobra. Foi observada reduÃÃo significativa na PAM (p<0,05) durante a realizaÃÃo das manobras em ambos os grupos, sendo estes valores restabelecidos imediatamente apÃs a realizaÃÃo das mesmas. No entanto, foi observada uma queda menos significativa da PAM no grupo IPV (p<0,05) durante a realizaÃÃo da manobra. Este estudo vem demonstrar que, a utilizaÃÃo da manobra de IPV nesse modelo de LPA, foi capaz de melhorar os parÃmetros da mecÃnica respiratÃria e das trocas gasosas de forma bastante similar a MRA, tradicionalmente utilizada e relatada na literatura. AlÃm disso, observou-se menor alteraÃÃo na hemodinÃmica durante a realizaÃÃo da manobra em relaÃÃo à MRA. Em conclusÃo, a IPV constitui-se como mais um recurso eficiente na reexpansÃo de Ãreas pulmonares colapsadas, sendo, portanto, uma alternativa terapÃutica capaz de melhorar a mecÃnica respiratÃria e as trocas gasosas, sem grandes prejuÃzos hemodinÃmicos

ASSUNTO(S)

lesÃo pulmonar animal physiology breathing mechanics sÃndrome do desconforto respiratÃrio fisiologia animal lung injury respiratory distress syndrome mecÃnica respiratÃria â cÃes ciencias biologicas

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