AvaliaÃÃo da atividade cicatrizante das lectinas de sementes de Canavalia brasiliensis e Dioclea violÃcea em lesÃes cutÃneas em camundongos

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Lectinas sÃo proteÃnas (ou glicoproteÃnas) nÃo pertencentes ao sistema imunolÃgico, capazes de reconhecer sÃtios especÃficos em molÃculas e ligar-se a carboidratos, sem alterar a estrutura covalente das ligaÃÃes glicosÃdicas desses sÃtios. Canavalia brasiliensis e a Dioclea violacea sÃo leguminosas pertencentes à subtribo Diocleinae, das quais sÃo extraÃdas as lectinas ConBr e DVioL, respectivamente. Com o objetivo de avaliar a influÃncia do tratamento tÃpico com estas lectinas no processo cicatricial de feridas cutÃneas, foi produzida uma ferida na regiÃo dorsal torÃcica (1 cmÂ) em camundongos (Mus musculus) albinos suÃÃos, divididos em cinco grupos (n=15/grupo), segundo o tratamento empregado: Grupo C (NaCl 150 mM); Grupo ConBr50 (ConBr 50 mg/mL); Grupo ConBr 100 (ConBr 100 mg/mL); Grupo DVioL50 (DVioL 50 mg/mL) e Grupo DVioL100 (DVioL 100 mg/mL). Foram aplicados diariamente 100 μL de cada soluÃÃo e ao longo de todo o perÃodo pÃs-operatÃrio (PO) (atà o 12o dia), as feridas foram submetidas à avaliaÃÃo clÃnica. BiÃpsias para anÃlise histopatolÃgica e exames microbiolÃgicos foram realizados nos 2o, 7o e 12o dias de pÃs-operatÃrio (PO). A atividade antimicrobiana das lectinas citadas foi testada frente Ãs bactÃrias Bacillus sp., Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Streptococcus sp. Durante a avaliaÃÃo clÃnica, foi observado que os grupos tratados com a lectina apresentaram sinais flogÃsticos menos intensos quando comparados ao grupo controle (NaCl 150mM). No 12o dia PO, os animais tratados com a lectina ConBr 100 mg/mL apresentaram um percentual de contraÃÃo na ordem de 96,40%, superior aos demais grupos estudados. As lectinas testadas nÃo apresentaram atividade antimicrobiana in vitro frente aos microrganismos testados, porÃm durante os testes in vivo, no grupo ConBr100, nenhum microrganismo foi isolado das lesÃes cutÃneas. Sob o aspecto histopatolÃgico, o grupo ConBr100 apresentou o processo cicatricial mais avanÃado no 12o dia de avaliaÃÃo, observando-se reepitelizaÃÃo, tecido de cicatricial de padrÃo fibroso com fibras colÃgenas bem organizadas e inÃcio de formaÃÃo dos anexos cutÃneos. O presente estudo oferece evidÃncia farmacolÃgica preliminar sobre o uso das lectinas ConBr e DVioL para promover o processo de cicatrizaÃÃo

ASSUNTO(S)

feridas cutÃneas atividade antimicrobiana ciencias biologicas lectinas canavalia brasiliensis wound healing antimicrobial effect lectins cicatrizaÃÃo dioclea violacea dioclea violacea canavalia brasiliensis cutaneous wounds

Documentos Relacionados