A mobilidade territorial dos trabalhadores da construÃÃo civil na produÃÃo da verticalizaÃÃo no bairro Aldeota em Fortaleza / Territorial mobility of construction workers in verticalization production in AldeotaÂs district of Fortaleza

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

05/09/2008

RESUMO

A partir da dÃcada de 1970, o processo de ocupaÃÃo do bairro Aldeota se deu de forma vertiginosa, tendo em vista que se constituiu numa nova centralidade no cenÃrio urbano de Fortaleza. Deste perÃodo em diante, a Aldeota passou por um verdadeiro processo de transformaÃÃo mediatizado pelo capital imobiliÃrio que se apropriou da forma de usar e ocupar o solo a partir do processo de verticalizaÃÃo. A proliferaÃÃo dos prÃdios foi preponderante para a constituiÃÃo de comÃrcios e condomÃnios de alto padrÃo. Desta forma o bairro passou a ser atrativo para a classe trabalhadora, sobretudo para os trabalhadores da construÃÃo civil, à medida que se tornou cada vez mais necessÃrio à contrataÃÃo destes operÃrios para erguerem prÃdios que fazem parte do processo de verticalizaÃÃo que sinaliza uma metrÃpole moderna repleta de sÃmbolos verticais. Estes trabalhadores vÃo a Aldeota todos os dias e retornam para os mais variados bairros perifÃricos de Fortaleza onde suas residÃncias se localizam, evidenciando a mobilidade do trabalho. A distÃncia à a forma pela qual o excedente da forÃa de trabalho do trabalhador à apropriado a partir do consumo de mercadorias necessÃrias para sua reproduÃÃo. Esta classe trabalhadora alÃm de realizar longos deslocamentos carece de melhores condiÃÃes de moradia e de trabalho, sobretudo porque o trabalho na construÃÃo civil exige grande esforÃo fÃsico e requer riscos. A lÃgica monopolista desta indÃstria se constitui na prÃpria essÃncia de como a mesma funciona atravÃs de uma grande corporaÃÃo que abrange os trÃs setores: industrial, comercial e à um serviÃo. Entretanto, à o segmento industrial que mais agrega mÃo-de-obra operÃria, porÃm, o saturamento espacial na Aldeota acabou se tornando um paradigma para a construÃÃo de novos prÃdios, evidenciando um novo paradigma. As construtoras que atuaram e atuam no bairro diminuÃram o nÃmero de edificaÃÃes à medida que ocorre um saturamento espacial na Ãrea, visto que outros bairros passaram a ser mais atrativo para a dinÃmica imobiliÃria por desfrutarem de mais espaÃos, como os bairros Meireles e Varjota. O fato à que mesmo que haja uma tendÃncia à diminuiÃÃo das obras no bairro Aldeota, o operariado da construÃÃo civil cresce, pois a cidade continua crescendo em outros sentidos. E nÃo se extingue como algumas abordagens, sobretudo sociolÃgicas, querem fazer crer num possÃvel fim do trabalho. Portanto, a construÃÃo civil na Aldeota passa por uma estagnaÃÃo enquanto os operÃrios estÃo em âconstruÃÃoâ. As edificaÃÃes e as lutas por melhorias sÃo o que constroem.

ASSUNTO(S)

produÃÃo do espaÃo urbano mobilidade do trabalho operÃrios da construÃÃo urban espacial labour mobility construction employees geografia urbana

Documentos Relacionados