Teoria Literaria
Mostrando 37-48 de 683 artigos, teses e dissertações.
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37. [ARTIGO RETRATADO] O mundo da vida e o mundo do texto em Úrsula, de Maria Firmina dos Reis
Resumo: O romance Úrsula, de Maria Firmina dos Reis (2004), teve sua primeira publicação em 1859. Ele revela sua magnitude por dois aspectos: o primeiro, por ter sido o primeiro romance de autoria afrodescendente da literatura brasileira; o segundo, por ter sido o primeiro romance abolicionista escrito no Brasil. Nele, Maria Firmina dos Reis faz da escrit
Rev. Estud. Fem.. Publicado em: 10/01/2019
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38. OMINÍBÚ: maternidade negra em um defeito de cor
É a partir do romance Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves, que Fabiana Carneiro da Silva revisita os significados da maternidade negra no Brasil. “Das profundezas das águas”, como sugere o título Ominíbú, termo do iorubá, são revolvidas as histórias acerca das travessias feitas por uma mulher corajosa que enfrenta os embates de uma ordem que intenta explorar até a exaustão os corpos marcados pela ideologia escravagista. No romance, o tema da maternidade emerge em um cenário construído por uma mãe que, ao final de sua vida, narra as tentativas de localizar o filho, vendido como escravo pelo próprio pai. Tecendo uma análise estética apurada, Fabiana da Silva evidencia as correspondências entre a conformação do relato-carta da protagonista e o contemporâneo. Desde a teoria literária, esse livro busca um diálogo sensível à experiência das comunidades negras, sobretudo das mulheres a elas pertencentes, a fim de promover uma reflexão comprometida com a construção de um espaço plural questionador do fundamento racista da construção nacional brasileira.
Autor(es): Silva, Fabiana Carneiro da
EDUFBA. Publicado em: 2019
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39. A literatura movente de Chimamanda Adichie: póscolonialidade, descolonização cultural e diáspora
“A literatura movente de Chimamanda Adichie é um livro que, ao trazer uma análise da prosa da escritora que dá nome ao título, explica por que ela tem sido lida e aclamada mundialmente: as temáticas, personagens e enredos de Adichie criam identificação profunda com leitoras e leitores de diversas culturas. Cláudio R. V. Braga perpassa as narrativas de Adichie, principalmente o romance Americanah, discutindo o papel da mulher na atualidade, baseando-se sobretudo na personagem Ifemelu. Quais são as expectativas, angústias e vivências dessa jovem mulher africana, negra e imigrante, oriunda de um país pós-colonial? Existe livre-arbítrio ou as circunstâncias determinam a vida? Qual a relação entre o presente e o passado pós-colonial de pessoas cujos países passaram pelo trauma da colonização europeia? O autor também se dedica à questão da mobilidade humana contemporânea, concebida literariamente por Adichie. Para isso faz uso da teoria da diáspora para abordar a prosa adichieana e questionar: como se dá a tensão entre experiências positivas e negativas vividas pelas pessoas que imigram? Como a mobilidade e sua representação literária influenciam no processo de descolonização cultural do indivíduo pós-colonial? Esses são alguns questionamentos encontrados neste livro, sobre os quais o autor discorre a partir de teorias selecionadas, mas sobretudo à luz da literatura de Adichie. A literatura e os estudos literários constituem formas de se pensar e compreender o que se passa ao nosso redor. Este livro é uma contribuição nesse sentido: o autor Cláudio R. V. Braga investiga a prosa de Chimamanda Adichie, escritora contemporânea globalmente conhecida, propondo uma perspectiva de mundo caracterizada pela pós-colonialidade, que é uma condição dos dias de hoje, perpassada por processos complexos de descolonização cultural e de mobilidade humana em escala global. No decorrer da investigação, percebe-se que a literatura de Adichie é “”movente””, segundo o autor, porque, além de representar um mundo de movimentos incessantes, ela também é agente dessa mobilidade, configurando-se em uma intervenção concreta com o poder de mobilizar e, portanto, mudar pensamentos e atitudes na direção da chamada descolonização cultural.”
Autor(es): Braga, Cláudio R. V.
Editora UnB. Publicado em: 2019
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40. Maternidade negra em Um defeito de cor: a representação literária como disrupção do nacionalismo
resumo Ao se configurar fundamentalmente como o relato (carta) de uma mãe negra ao filho desaparecido, o romance Um defeito de cor, publicado por Ana Maria Gonçalves em 2006, incita-nos a adentrar de modo detido no conjunto de questões pertinentes à representação da maternidade da mulher negra na literatura produzida no Brasil. Desse modo, neste artigo
Estud. Lit. Bras. Contemp.. Publicado em: 2018-08
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41. Turismo para cegos: velhos e novos simbolismos numa obra literária sobre a cegueira
resumo Turismo para Cegos, romance de estreia de Tércia Montenegro, é mais um texto que se junta à longa tradição de obras literárias que contam com a presença de personagens cegos. Neste artigo, retomamos os valores e crenças que alimentam a representação da cegueira na literatura ocidental, bem como apontamos os estereótipos mais comuns associad
Estud. Lit. Bras. Contemp.. Publicado em: 2018-08
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42. Arquivos pessoais e a escrita da história no Brasil: um balanço crítico
RESUMO Considerando o crescente interesse por documentos de arquivos pessoais no mundo atual, procuramos, neste artigo, apresentar um balanço do modo como esses documentos têm sido utilizados, no Brasil, em um campo particularmente aberto para reflexões de cunho teórico e epistemológico: o da história da historiografia - ao qual somamos o da história
Rev. Bras. Hist.. Publicado em: 26/07/2018
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43. O povo que falta, nós já tínhamos: sobre escrita e perspectivismo
resumo A partir do clássico “Lição de escrita”, de Lévi-Strauss, e pelas releituras desse texto efetuadas por Derrida e Librandi-Rocha, este artigo busca pensar como o perspectivismo ameríndio se relaciona com a noção alargada de escrita proposta por Derrida e, ainda, com o ato de criação sugerido por Deleuze. A discussão prossegue pensando com
Estud. Lit. Bras. Contemp.. Publicado em: 2018-04
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44. O consumo, o estilo e o precário na poesia de Manoel de Barros
RESUMO A fortuna crítica do poeta matogrossense Manoel de Barros é de largo espectro, mas, não obstante as numerosas abordagens de sua obra pelos estudiosos do campo literário, falta, ao nosso ver, investigar, ainda que brevemente, a relevância de sua estratégia discursiva, a partir das relações de seu universo poético com o fenômeno do consumo. Ab
Bakhtiniana, Rev. Estud. Discurso. Publicado em: 2018-04
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45. Complexos oracionais na constituição do ponto de vista narrativo em contexto tradutório
RESUMO Este artigo discute sucintamente o papel das expansões para a constituição das identidades e dos traços de personalidade dos personagens da obra O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, e de sua tradução, feita por João do Rio, e adaptações, de Clarice Lispector e Cláudia Lopes, para o português brasileiro. A realização linguística prin
DELTA. Publicado em: 2018-03
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46. O antigo e o moderno na teoria literária de Friedrich Schlegel no Primeiro Romantismo Alemão
Resumo A compreensão histórica de literatura no primeiro romantismo alemão decorre, entre outros aspectos, dos escritos de Winckelmann, Herder, Lessing, assim como da relação dialética entre o clássico e o romântico estabelecida por Goethe e Schiller. Nesse contexto, a aproximação antitética entre o antigo e o romântico tem um papel central na de
Pandaemonium ger.. Publicado em: 2017-12
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47. DISTINÇÃO E MARGINALIZAÇÃO NO CAMPO LITERÁRIO E O CASO DE MACHADO DE ASSIS
Resumo Até que ponto o campo de produção erudita influi na distinção e na marginalização dos escritores? Analisa-se essa operação no mercado de bens simbólicos abordado por Bourdieu, onde a busca pela arte "pura" leva ao distanciamento estético entre objeto e público. Discute-se a análise desse sociólogo em paralelo à teoria da estética da re
Machado Assis Linha. Publicado em: 2017-12
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48. Ensaio sobre o diálogo: as relações intertextuais entre José Saramago, Pieter Bruegel e Van Gogh
RESUMO O objetivo deste artigo é demonstrar, com base na teoria de Bakhtin, como se constroem as relações interdiscursivas entre literatura e pintura, mais especificamente entre um diálogo contido na obra Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago, e outras obras de arte, como a pintura A parábola dos cegos (1568), de Pieter Bruegel, artista do Renascim
Bakhtiniana, Rev. Estud. Discurso. Publicado em: 2017-12