Ensaio sobre o diálogo: as relações intertextuais entre José Saramago, Pieter Bruegel e Van Gogh
AUTOR(ES)
Gomes, Murilo de Assis Macedo
FONTE
Bakhtiniana, Rev. Estud. Discurso
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-12
RESUMO
RESUMO O objetivo deste artigo é demonstrar, com base na teoria de Bakhtin, como se constroem as relações interdiscursivas entre literatura e pintura, mais especificamente entre um diálogo contido na obra Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago, e outras obras de arte, como a pintura A parábola dos cegos (1568), de Pieter Bruegel, artista do Renascimento europeu do século XVI, e a tela Trigal com corvos (1890), de Van Gogh, artista expressionista holandês do final do século XIX. Analisar-se-á o modo como o discurso de José Saramago na prosa literária se constituiria a partir da palavra de outrem e como isso caracterizaria uma "dissonância individual", o estilo do autor, em meio à heterodiscursividade inerente ao discurso do romance, como previsto por Bakhtin.
ASSUNTO(S)
dialogismo heterodiscursividade josé saramago pintura literatura
Documentos Relacionados
- A questão do duplo: relações intertextuais entre o mito de Anfitrião e o Homem Duplicado de José Saramago
- Van Gogh: entre a genialidade e a doença
- Configurações do estado de exceção no romance Ensaio sobre a cegueira de José Saramago
- Retratos em diálogo: notas sobre o documentário brasileiro recente
- O tempo entre ficção e filosofia: sobre a História do cerco de Lisboa, de José Saramago