Stent com liberação de everolimus vs. stent com liberação de zotarolimus na prática clínica do mundo real
AUTOR(ES)
Collet, Carlos Adolfo, Costa Jr., J. Ribamar, Feres, Fausto, Gama, Gustavo, Costa, Ricardo, Sanchez, Alejandro, Siqueira, Dimytri, Chamié, Daniel, Borghi, Tarcisio, Staico, Rodolfo, Tanajura, Luis Fernando, Sousa, Amanda G. M. R., Abizaid, Alexandre, Sousa, J. Eduardo
FONTE
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
INTRODUÇÃO: Os stents com liberação de fármacos antiproliferativos (SF) têm demonstrado sua eficácia nos mais variados cenários. Entretanto, preocupações recentes com a maior ocorrência de trombose muito tardia com a primeira geração de SF, possivelmente associada a reendotelização retardada ou incompleta, impulsionaram o desenvolvimento de dispositivos mais eficazes e seguros. MÉTODO: Estudo retrospectivo, de centro único, incluindo pacientes submetidos a intervenção coronária percutânea entre janeiro de 2006 e dezembro de 2008, tratados com SF com liberação de everolimus (everolimus-eluting stent - EES) (Xience V TM/PromusTM) e com SF com liberação de zotarolimus (zotarolimus-eluting stent - ZES) (EndeavorTM). O objetivo principal foi comparar a taxa de eventos cardíacos adversos maiores no seguimento de 12 meses entre os pacientes dos grupos EES e ZES. RESULTADOS: No total, 198 pacientes com 266 lesões foram incluídos nesta análise. A média de idade foi de 60 ± 10 anos e 39% tinham diabetes melito, sem diferenças entre os grupos. O diâmetro de referência (2,3 ± 0,5 mm vs. 2,38 ± 0,2 mm; P = 0,14) e a extensão da lesão (16,3 ± 9,4 mm vs. 16,1 ± 11,3 mm; P = 0,89) também não diferiram entre os grupos. Após 12 meses de seguimento, a taxa de eventos cardíacos adversos maiores foi de 8,16% no grupo EES e de 8% no grupo ZES (P = 0,96), sem diferença entre os grupos, com taxa global de revascularização da lesão-alvo de 2% (1% EES vs. 3% ZES; P = 0,32). Não houve nenhum caso de trombose definitiva de stent. CONCLUSÃO: Nesta análise em pacientes nãoselecionados, as taxas de eventos cardíacos adversos maiores foram semelhantes entre os pacientes dos grupos EES e ZES, com baixas taxas de revascularização da lesão-alvo e excelente perfil de segurança no seguimento de 12 meses.
ASSUNTO(S)
stents farmacológicos restenose coronária revascularização miocárdica angioplastia transluminal percutânea coronária
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