Experiência inicial com o uso de stents eluidores de everolimus em pacientes do mundo real: seguimento clínico de um ano
AUTOR(ES)
Chamié, Daniel, Feres, Fausto, Costa Jr., J. Ribamar, Abizaid, Alexandre, Costa, Ricardo A., Siqueira, Dimytri, Staico, Rodolfo, Maldonado, Galo, Mattos, Luiz Alberto, Centemero, Marinella, Chaves, Áurea, Tanajura, Luiz Fernando, Sousa, Amanda G. M. R., Sousa, J. Eduardo
FONTE
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
INTRODUÇÃO: Os stents eluidores de everolimus mostraramse seguros e eficazes em estudos randomizados com pacientes selecionados e de baixa complexidade clínica e angiográfica. No entanto, estudos que avaliam seu impacto em pacientes mais complexos da prática clínica corrente são escassos. MÉTODO: No total, foram avaliados, prospectivamente, 193 pacientes tratados apenas com stents eluidores de everolimus. Os únicos critérios de exclusão foram reestenose de outro stent farmacológico, intervenção em enxertos de veia safena, e infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST. O desfecho primário foi a ocorrência de eventos cardíacos adversos maiores, definidos como a combinação de morte de origem cardíaca, infarto do miocárdio e revascularização do vaso-alvo. RESULTADOS: A média das idades foi de 60,6 ± 11,8 anos. Metade da população era do sexo feminino e 36,8% eram portadores de diabetes. Doença multiarterial estava presente em 61,6% dos pacientes. Foi tratada 1,8 ± 0,66 lesão em 1,73 ± 0,9 vaso, com 2,27 ± 0,9 stents por paciente. A maioria das lesões (70,6%) era do tipo B2/C, bifurcações verdadeiras foram tratadas em 37,3% dos casos e calcificação moderada a grave estava presente em 17,4% das lesões. Eventos cardíacos adversos maiores ocorreram em 6,7% dos pacientes ao final de um ano, principalmente à custa de eventos da fase hospitalar. Houve apenas um caso (0,5%) de trombose subaguda provável do stent. Não houve casos de trombose tardia. CONCLUSÕES: A presente análise sugere que o uso de stents eluidores de everolimus é seguro e eficaz em pacientes complexos da prática clínica diária, com baixas taxas de eventos cardíacos adversos maiores até o final do primeiro ano. Seguimento mais longo e com maior número de pacientes é necessário para confirmação desses resultados promissores.
ASSUNTO(S)
doença das coronárias reestenose coronária stents farmacológicos paclitaxel sirolimus trombose seguimentos resultado de tratamento
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