SÃo Miguel de Barreiros: uma aldeia indÃgena no impÃrio

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Muitas cidades do Brasil surgiram a partir do prÃ-estabelecimento de aldeamentos indÃgenas, ou de aldeias missÃes. O municÃpio de Barreiros nÃo escapa a essa regra â tambÃm foi espacializado ilegalmente sobre terras indÃgenas. Acompanhando a trajetÃria de vida dos Ãndios da aldeia de SÃo Miguel de Barreiros ao longo do sÃculo XIX, descobrimos que por trÃs de uma historiografia equivocada â que insiste em ver os Ãndios do ImpÃrio como povos mestiÃos, aculturados e desterritorializados â ainda existia um grupo Ãtnico que lutava pela manutenÃÃo das fronteiras de sua identidade, e pela posse de suas terras tidas como imemoriais. No sÃculo XIX, eram considerados caboclos, mas e daÃ, se eles ainda se auto-atribuÃam como identidades indÃgenas? NÃo se restringe o presente estudo a um modelo monogrÃfico que disserta sobre uma cultura isolada no tempo e no espaÃo delimitado de seu territÃrio. Pelo contrÃrio, a intenÃÃo à mergulhar na dinÃmica dos fluxos histÃricos e das relaÃÃes interÃtnicas que os aldeados de Barreiros mantinham, tanto com a sociedade aÃucareira que lhes envolvia no cotidiano da Mata Sul pernambucana, como com os agentes indigenistas que representavam o ImpÃrio no exercÃcio da tutela de suas vidas e seus bens. Ao localizarmos os Ãndios da aldeia de SÃo Miguel de Barreiros nessas redes interÃtnicas desvelaremos mecanismos fundamentais que ainda os ajudavam a sustentar o padrÃo de funcionamento de suas memÃrias, permanÃncias e aÃÃes de resistÃncia

ASSUNTO(S)

historia regional do brasil resistÃncia indÃgena native resistance indigenous village aldeamento fronteiras Ãtnicas administration ethnical boundaries diretoria geral dos Ãndios

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