O sexo devoto: normatizaÃÃo e resistÃncia feminina no impÃrio PortuguÃs â XVI-XVIII

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

O fio condutor que subjaz a esta tese à a demonstraÃÃo de que as mudanÃas na ordem social, no que respeita Ãs mulheres luso â pernambucanas, sÃo perceptÃveis nas aÃÃes e prÃticas destas mesmas mulheres no sÃculo XVIII e nÃo apenas no sÃculo XIX, como à comum se ver expresso na historiografia mais clÃssica sobre o tema. Para alcanÃar tal objetivo, buscamos analisar os requerimentos feitos por mulheres e dirigidos ao Conselho Ultramarino e que se relacionavam Ãs necessidades e estratÃgias de sobrevivÃncia das famÃlias desamparadas pelos representantes masculinos. AlÃm do que apresentamos instituiÃÃes chamadas de recolhimento com espaÃos onde se forma uma nova mulher, atravÃs de uma educaÃÃo direcionada para a formaÃÃo do cidadÃo. à uma mulher apresentada como a primeira educadora, portanto responsÃvel pelos destinos da sociedade dos tempos iluminados. Nossa argumentaÃÃo baseou-se nas teorias da HistÃria Cultural, seguindo uma metodologia interpretativa das fontes que foram selecionadas. As novas necessidades vivenciadas na sociedade pernambucana do Setecentos apontam para a formaÃÃo de uma nova mulher, que vai lentamente ampliando seu espaÃo de aÃÃo, conquistando, assim, um novo lugar. à um movimento que se realiza na lentidÃo das dÃcadas e que sà pode ser percebido na longa duraÃÃo. Esse processo desenvolvido no longo tempo foi apoiado numa perspectiva de perceberem-se as trocas culturais realizadas entre metrÃpole e colÃnia, configurando-se numa verdadeira circularidade à medida que ambas as partes influenciam e sÃo influenciadas. A documentaÃÃo examinada e analisada permitiu-nos acompanhar, no tempo longo, as mudanÃas ocorridas, atrelando prÃticas femininas Ãs instituiÃÃes sociais que se destinavam Ãs mulheres coloniais

ASSUNTO(S)

mulher normatization historia normatizaÃÃo recolhimento resistÃncia resistance lacking in regards woman

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