Qual a conduta para resultado de epitélio escamoso do citopatológico de colo uterino?
AUTOR(ES)
Núcleo de Telessaúde Rio Grande do Sul
FONTE
Núcleo de Telessaúde Rio Grande do Sul
DATA DE PUBLICAÇÃO
12/06/2023
RESUMO
O exame citopatológico, também chamado esfregaço cervicovaginal ou exame de Papanicolau, é a principal estratégia para detectar precocemente lesões precursoras do câncer ou o próprio câncer. As células que podem estar presentes na amostra são as representativas dos epitélios do colo do útero: células escamosas, células glandulares (não inclui o epitélio endometrial), células metaplásicas. Para garantir boa representação celular do epitélio do colo do útero, o exame citopatológico deve conter amostra do canal cervical, preferencialmente, coletada com escova apropriada, e da ectocérvice, coletada com espátula tipo ponta longa
. Esfregaços normais somente com células escamosas presentes possivelmente não são neoplástica e, portanto, devem seguir o rastreamento citológico rotineiro
: · < 25 anos: repetir em 3 anos · Entre 25 e 29 anos: repetir a citologia em 12 meses · ≥ 30 anos: repetir a citologia em 6 meses · Não se podendo afastar lesão de alto grau (ASC-H): encaminhar para coloscopia
As alterações celulares benignas (reativas ou reparativas) ou metalepsia escamosa imatura ou indicando reparação devem também seguir o rastreamento citológico rotineiro
.
A periodicidade do exame citopatológico para o rastreamento do câncer do colo do útero e de suas lesões precursoras compreende: dois primeiros exames realizados com intervalo anual; se ambos os resultados forem negativos, os próximos devem ser realizados a cada 3 anos. O início da coleta deve ser aos 25 anos para as mulheres que já tiveram ou têm atividade sexual. O rastreamento antes dos 25 anos deve ser evitado. Os exames periódicos devem seguir até os 64 anos e, naquelas mulheres sem história prévia de doença neoplásica pré-invasiva, interrompidos quando tiverem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos. Para mulheres com mais de 64 anos e que nunca se submeteram ao exame citopatológico, deve-se realizar dois exames com intervalo de um a três anos. Se ambos os exames forem negativos, essas mulheres podem ser dispensadas de exames adicionais
.
Gestantes têm o mesmo risco que não gestantes de apresentarem câncer do colo do útero ou suas lesões precursoras. Portanto, o rastreamento em gestantes deve seguir as recomendações de periodicidade e faixa etária como para as demais mulheres, devendo sempre ser considerada uma oportunidade a procura ao serviço de saúde para realização de pré-natal
.
Mulheres na pós-menopausa devem ser rastreadas de acordo com as orientações para as demais mulheres. Se necessário, proceder à estrogenização previamente à realização da coleta
.
Considerando que o risco de uma mulher que não tenha iniciado atividade sexual desenvolver essa neoplasia é desprezível, mulheres sem história de atividade sexual não devem ser submetidas ao rastreamento do câncer do colo do útero
.
1. Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Coordenação de Prevenção e Vigilância. Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. Manual de gestão da qualidade para laboratório de citopatologia. 2. ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: INCA, 2016:160p. Disponível em:
2. Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero. 2. ed. rev. ampl. atual. Rio de Janeiro: INCA, 2016:114p. Disponível em:
3. Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Parâmetros técnicos para o rastreamento do câncer do colo do útero Org; Dias MB, Ribeiro, CM. Rio de Janeiro: Inca; 2019:32p. Disponível em:
4. Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Detecção precoce do câncer. Rio de Janeiro: INCA; 2021:72p. Disponível em:
5. Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Coordenação de Prevenção e Vigilância. Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero no Brasil. Sumário Executivo para a Atenção Básica. 2018. Disponível em:
ASSUNTO(S)
cuidados de enfermagem enfermeiro x86 esfregaço de papanicolau / colpocitologia oncótica anormal epitélio esfregaço vaginal neoplasias do colo do Útero teste de papanicolaou prevenção e controle do câncer
ACESSO AO ARTIGO
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