Qual conduta em pacientes com resultado de citopatológico do cólo uterino evidenciando presença de Torulupsis na microbiologia?
AUTOR(ES)
Núcleo de Telessaúde Rio Grande do Sul
FONTE
Núcleo de Telessaúde Rio Grande do Sul
DATA DE PUBLICAÇÃO
12/06/2023
RESUMO
O
é um fungo, mais comumente conhecido como
, responsável por causar candidíase nos seres humanos. Este fungo é normalmente encontrado em peles saudáveis, no sistema respiratório, no sistema genitourinário e gastrointestinal das pessoas. Ele somente torna-se um problema de saúde em pessoas debilitadas ou imunocomprometidas.
Os sintomas são importantes para determinar se existe uma infecção, e qual a severidade desta, caso exista.
A candidíase vulvovaginal está relacionada ao aumento deste fungo na vulva e vagina, podendo causar prurido vaginal intenso, leucorréia com grumos esbranquiçados, assim como dispareunia terminal.
Estima-se que a candidíase vulvovaginal seja a segunda maior causa de vaginites depois das vaginoses bacterianas.
A maior parte da literatura específica atual demonstra que entre 85 e 90% da flora fúngica vaginal é constituída por
O restante é atribuído a outras espécies, sendo mais comuns a
(9 a 15%) e a
(até 15% dos casos). Essas espécies também são causadoras de vulvovaginites e não devem ser ignoradas, pois frequentemente são mais resistentes à terapia convencional. (Grau D).
São fatores de risco: gestação, diabetes mellitus e o uso de antibióticos sistêmicos. A incidência desta patologia aumenta com o início da atividade sexual, mas não existe uma associação clara com diferentes tipos de contraceptivos.
A candidíase vulvovaginal pode ser classificada em complicada ou não-complicada e ainda pode ser assintomática ou sintomática com graus diferentes de severidade (leve, moderada e severa).
O fármaco utilizado para o tratamento e a duração do tratamento deverá ser baseado no quadro clínico da candidíase vulvovaginal. O tratamento pode variar desde uso oral (dose única, 5 dias ou 7 dias) ou tópico de 3 a 14 dias, dependendo do fármaco utilizado e/ou do quadro clínico apresentado.
Os tratamentos em dose única e de curta duração (até 7 dias) – fluconazol, cetoconazol, itraconazol – devem ser reservados para casos não-complicados, com intensidade leve a moderada, assim como para os episódios únicos, isolados e não-recorrentes.
Casos de candidíase severa e/ou candidíase aguda de pacientes com candidíase recorrente requerem tratamentos mais prolongados (> 7 dias). Os fármacos melhores são: clotrimazol, miconazol, fluconazol e terconazol.
Em mulheres com diabetes ou vaginite por cândida não-albicans, o tratamento tópico poderá ser prolongado para 10 a 14 dias e associar agentes por via oral. (Grau A).
As formulações tópicas fornecem um tratamento efetivo para vulvovaginite fúngica, sendo a terapia tópica com azólicos mais efetiva do que o uso de nistatina.
Considerando o caso ilustrado, apesar de não existir relato de sinais e sintomas, existindo a hipótese de se tratar de uma vulvovaginite fúngica não-albicans, o tratamento tópico poderá ser feito com clotrimazol creme 1% intravaginal (10 a 14 dias) ou miconazol creme 2% (14 dias) associado com cetoconazol 200 mg 12 /12 horas por 5-7dias ou fluconazol 150 mg dose única ou itraconazol 100 mg 12/12 horas por 1 dia. (Grau A)
ASSUNTO(S)
saúde da mulher médico x72 candidíase genital candidíase vulvovaginite a - estudos experimentais ou observacionais de melhor consistência
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