O alcoolista institucionalizado: representações sociais de enfermeiras

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2002

RESUMO

A ingestão abusiva de bebidas alcóolicas faz parte da história da humanidade sendo relatada desde os tempos biblicos. No entanto, o beber excessivo como uma condição clínica somente passou a figurar em literatura no final do século XVIII e início do século XIX. Embora o alcoolismo seja considerado uma doença e um grave problema de saúde da população, parece que as enfermeiras não possuem as informações adequadas para lidar com o alcoolísta, apresentando dificuldades e preconceitos em relação a ele, talvez oriundas de experiências sociais desagradáveis e anteriores ao seu ingresso na enfermagem. Este estudo procurou apreender e analisar as representações sociais de enfermeiras da área psiquiátrica sobre o alcoolista institucionalizado, embasado na teoria das representações sociais. É uma pesquisa descritiva de natureza qualitativa. O locus do estudo foram três instituições psiquiátricas das cidades de Ilhéus e Itabuna-Ba. Os depoimentos dos sujeitos, oito enfermeiras que assistem ao alcoolista, foram obtidos através de entrevista semi-estruturada. Os resultados permitiram apreender as representações sociais sobre o alcoolista traduzidas como: pessoa fraca; com pouca força de vontade para parar de beber; que bebe como fuga ou escape dos seus problemas. Emanaram também dos seus discursos a representação social da assistência ao alcoolista como frustante; que atende apenas as necessidades físicas/orgânicas; tratando apenas as consequências. Esses resultados apontam para a apreensão do hospital psiquiátrico como inadequado para o tratamento do alcoolista que deveria ser assistido em instituições específicas envolvendo uma equipe multiprofissional.

ASSUNTO(S)

concepções das enfermeiras enfermagem psiquiatria alcoolista

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