Mucosa do coto gástrico: risco para câncer?
AUTOR(ES)
SAFATLE-RIBEIRO, Adriana Vaz, RIBEIRO Jr., Ulysses, SAKAI, Paulo, IRIYA, Kyoshi, ISHIOKA, Shinichi, GAMA-RODRIGUES, Joaquim
FONTE
Arquivos de Gastroenterologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2001-10
RESUMO
Racional - Pacientes submetidos a ressecção gástrica parcial apresentam risco aumentado de desenvolvimento de câncer de coto gástrico. Objetivo - Analisar, a longo prazo, as alterações da mucosa de pacientes submetidos previamente a tratamento cirúrgico, por úlcera péptica. Pacientes e Métodos - No período de 1987 a 1990, 154 pacientes (média de 20,4 anos após gastrectomia) foram analisados através de exames endoscópicos com múltiplas biopsias, e histopatológicos. Resultados - Alterações endoscópicas estiveram presentes em 111 pacientes (72,1%) e as mais freqüentemente encontradas foram: hiperplasia foveolar, metaplasia intestinal e dilatação cística. Displasia intensa foi diagnosticada em 2 (1,25%) e carcinoma em 13 (8,4%) dos casos. Em quatro pacientes (3,8%), o método endoscópico não revelou lesão tumoral, contudo, foi detectada neoplasia no estudo histológico do material de biopsia. Conclusão - A vigilância dos pacientes gastrectomizados, através de procedimento endoscópico com múltiplas biopsias, pode diagnosticar neoplasia em estádio inicial; entretanto, novos estudos são necessários para se estabelecer a relação custo-benefício da referida estratégia de detecção.
ASSUNTO(S)
gastrectomia neoplasias gástricas coto gástrico Úlcera péptica cirurgia
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