Movimento Slow : uma análise sob a ótica dos enclaves do ecodesenvolvimento

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Esta dissertação objetiva a percepção dos enclaves do ecodesenvolvimento no movimento slow. Para este diagnóstico, contextualizam-se as teorias tradicionais e os modelos de desenvolvimento pela racionalidade instrumental, que pressupõem o mercado como única arena das necessidades humanas, sociais e ambientais. Contudo, criticam-se as conseqüências negativas do nivelamento mercantil e sua unidimensão. Vários autores respondem que o desenvolvimento deve fomentar a racionalidade substantiva para uma mudança de paradigma em oposição ao maldesenvolvimento. O ecodesenvolvimento, enquanto planejamento, volta-se ao território para alavancar o desenvolvimento com respeito à diversidade ecossistêmica e à cultura local, o suporte de tecnologias para o uso de parcimonioso de recursos naturais e de tecnologias limpas. Também, percebe as relações de demanda pelos modelos culturais da sociedade, seu estilo de vida e suas estruturas de consumo como indicadores da legitimação de outro modelo de desenvolvimento. Os movimentos slow apontam a necessidade de uma desaceleração (quebra da lógica produtiva) e o resgate de valores integrativos e colaborativos pela sociedade, considerando várias esferas de necessidades humanas. Seus projetos têm forte ligação com o desenvolvimento territorial sustentado e com a preservação ambiental e cultural das localidades. Considera-se, então, o rumo de uma globalização virtuosa, em que se respeitem as pequenas produções e o comércio local com intuito da não massificação cultural e utilização responsável dos recursos.

ASSUNTO(S)

administração desenvolvimento economico - - aspectos ambientais administracao estilo de vida

Documentos Relacionados