Imunocastração e seus efeitos nas características sensoriais, físicas e químicas da carne suína
AUTOR(ES)
Katia Maria Vieira Avelar Bittencourt Cipolli
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
28/02/2012
RESUMO
O presente trabalho de pesquisa teve como objetivo avaliar os efeitos da imunocastração e da suplementação com ractopamina (RAC) nas características químicas, físicas e sensoriais da gordura e da carne suína, bem como avaliar o conhecimento sobre a tecnologia de imunocastração pelo consumidor através de opiniões, atitudes, hábitos de consumo e crenças. Foram utilizadas a gordura subcutânea costolombar e a carne suína (Longissimus dorsi) obtida de animais imunocastrados, comparando-se com a proveniente de fêmeas, machos castrados fisicamente e inteiros. Foram avaliados odor e sabor através de equipes de julgadores treinados e por consumidores, bem como se efetuou avaliação cromatográfica dos compostos responsáveis pelo odor sexual, empregando-se metodologias precisas e mais rápidas de cromatografia líquida (HPLC), e gasosa (CG) com microextração em fase sólida (SPME). Foi avaliada a opinião de consumidores sobre as tecnologias de castração física e imunocastração, considerando o bem estar animal, através de técnicas de Focus Group e medida de atitudes, opiniões e crenças. Os julgadores detectaram odores desagradáveis em amostras de gordura obtidas de fêmeas e suínos castrados, poucas vezes reportados na literatura cientifica, sugerindo que estudos de outros compostos além de androstenona e escatol devam ser pesquisados. Os resultados estatísticos obtidos evidenciaram que a imunocastração se caracteriza por níveis intermediários de concentração de androstenona e de escatol, imperceptíveis por consumidores. Esses compostos são detectados sensorialmente quando presentes em concentrações correspondentes ao limiar de detecção de 1µg/g ou acima. Independente do tratamento estudado, durante o preparo da carne suína grelhada, a equipe treinada detectou odor desagradável, entretanto a quantidade presente não afetou a aceitação do produto. A carne suína de animais imunocastrados obteve boa aceitação sensorial e os consumidores reportaram a importância na divulgação de estudos que comprovem a segurança alimentar dessa tecnologia, pois os mesmos demonstraram favoráveis à aplicação da mesma na produção de suínos
ASSUNTO(S)
carne de porco imunocastração androstenona escatol avaliação sensorial pork meat immunocastration androstenone skatole sensory analysis
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000844569Documentos Relacionados
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