Implicações clínicas da persistência de anti-GAD positivo e peptídeo C detectável em pacientes com diabetes melito tipo 1 de longa duração

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar se anti-GAD positivo e PC detectável se correlacionam com a presença de outras doenças autoimunes, com controle glicêmico e com risco de retinopatia no diabetes melito tipo 1 (DMT1) > 3 anos de duração. PACIENTES E MÉTODOS: Cinquenta sujeitos com DMT1 foram entrevistados, realizaram fundoscopia e dosaram PC pré e pós-glucagon, HbA1C e anti-GAD. RESULTADOS: Pacientes anti-GAD+ (n = 17) apresentaram maior frequência de doenças autoimunes em relação aos demais (p = 0,02). PC detectável (n = 11) também foi associado ao aumento dessa prevalência (p = 0,03), porém nenhum dos dois parâmetros influenciou na presença de retinopatia diabética. PC detectável não influenciou no controle glicêmico (HbA1C média) (p = 0,28), porém as doses diárias de insulina foram mais baixas (0,62 vs. 0,91 U/kg/dia; p = 0,004) neste grupo. CONCLUSÃO: Apesar de não ser um marcador para outras doenças autoimunes, o anti-GAD+ parece ser não só um sinalizador de autoimunidade pancreática. PC detectável também parece ter papel promissor na detecção dessas comorbidades. Ambos não interferiram na presença de retinopatia, entretanto, o PC detectável se relacionou a menores necessidades de insulina.

ASSUNTO(S)

diabetes melito tipo 1 peptídeo c anti-gad secreção de insulina doença autoimune

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