Prevalência dos marcadores imunológicos Anti-GAD e Anti-IA2 em parentes de primeiro grau de diabéticos do tipo 1 em amostra da população da Grande São Paulo
AUTOR(ES)
Cesarini, Paulo Roberto, Mendonça, Eurico, Fernandes, Vânia, Silva, Regina do Carmo, Morimitsu, Lílian K., Garcia, Fabíola E., Vechiatti, Stella, Miranda, Walkiria L., Dib, Sergio Atala
FONTE
Revista da Associação Médica Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003
RESUMO
O diabetes tipo 1A (DM1) é causado por mecanismo auto-imune contra células beta em indivíduos com predisposição genética. Auto-anticorpos anti-GAD e anti-IA2 são considerados importantes marcadores destas alterações, cuja prevalência variam, segundo a população estudada e história familiar. Dados sobre freqüência desses marcadores na população brasileira são escassos. OBJETIVOS: Avaliar a freqüência de anti-GAD e anti-IA2 em parentes de primeiro grau de portadores de DM1 (PDM1) em amostra da população da Grande São Paulo. MÉTODOS: Quarenta e oito jovens PDM1 foram recrutados junto a 36 propósitos assistidos em ambulatórios especializados em diabetes da Grande São Paulo, apresentando mediana de idade de 14,5 anos (6,7 a 17,9 anos). Os valores de referência do anti-GAD foram obtidos utilizado-se soros de 194 voluntários normais, sem antecedentes familiares de DM1, com idade de 9,7 a 64,0 anos (mediana de 13,4). Soros de 71 indivíduos normais com idade variando de 11,1 a 15,2 anos (Mi= 12,6) foram submetidos à dosagem de anti-IA2. As dosagens dos marcadores foram através do radioensaio (KRONUS®, Idaho, USA). Valores acima do 99º percentil obtido no grupo controle foram considerados positivos. RESULTADOS: O 99º percentil correspondeu ao valor 1,72 U/ml para o anti-GAD e 0,97 U/ml para o anti-IA2. Cinco indivíduos dos PDM1 (10,4%) foram positivos para o anti-GAD, contra 0,5% dos controles (P<0,01). Um jovem do grupo PDM1 mostrou-se positivo para o anti-IA2 (2,1%), com freqüência semelhante aos controles. CONCLUSÃO: O anti-GAD mostrou maior prevalência entre os PDM1, não havendo diferença entre o PDM1 e controles quanto à freqüência de anti-IA2.
ASSUNTO(S)
diabetes mellitus tipo 1 autoanticorpos população brasileira
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