Avaliação da função pancreática em pacientes com diabetes melito tipo 1 de acordo com a duração da doença

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-02

RESUMO

Os pacientes com diabetes melito tipo 1 (DM1) podem apresentar secreção residual de insulina por longos períodos, o que tem sido associado a prognóstico mais favorável. OBJETIVO: Avaliar a secreção de insulina por meio da dosagem de peptídeo C (PC) em pacientes com DM1 de curta (<5 anos; grupo 1) e longa (> 5 anos; grupo 2) duração da doença. PACIENTES E MÉTODOS: Voluntários com DM1 coletaram sangue em jejum e 6 minutos após a infusão de glucagon para dosagem de PC, HbA1c e anti-GAD. RESULTADOS: Foram avaliados 43 pacientes, 22 no grupo 1 e 21 no grupo 2. Secreção de insulina preservada (PC > 1,5 ng/mL) foi identificada em seis (13,9%) e oito (18,6%) casos nas coletas basal (PC1) e após estímulo (PC2), sem diferença entre os grupos (p = 0,18 e 0,24). PC1 foi detectável (> 0,5 ng/mL) em 13 (30,2%) e PC2 em 18 (41,9%) casos, mais frequentes no grupo 1 do que no 2 (p = 0,045 para PC1/p = 0,001 para PC2). Os títulos de PC1 (1,4 ±0,8 versus 1,2 ±1,0; p = 0,69) ou PC2 (1,8 ±1,5 versus 1,7 ±0,8; p = 0,91) não diferiram entre os grupos. No grupo 1 houve correlação inversa entre tempo de doença e PC2 (R = -0,58; p = 0,025). CONCLUSÃO: Uma proporção significativa dos pacientes com DM1 apresenta secreção residual de insulina, especialmente nos primeiros cinco anos da doença. Tais indivíduos representam a população ideal para estudos visando à prevenção secundária da doença.

ASSUNTO(S)

diabetes melito tipo 1 peptídeo c secreção de insulina tempo de doença

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