FormaÃÃo do novo trabalhador : o discurso do docente do SENAI-PE frente ao regime de acumulaÃÃo flexÃvel

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Esta dissertaÃÃo à fruto de pesquisa realizada com os docentes do SENAI-PE. Seu objetivo à identificar de que maneira vem sendo conduzida a formaÃÃo de um novo trabalhador industrial nessa instituiÃÃo de ensino profissionalizante. O ponto de partida foi o movimento de reestruturaÃÃo produtiva, cujo propÃsito foi fortalecer o capital apÃs a crise do Fordismo/Taylorismo em meados dos anos 1970, dando origem ao regime de acumulaÃÃo flexÃvel. O novo paradigma de acumulaÃÃo provocou mudanÃas significativas no mundo produtivo, tais como, precarizaÃÃo e terceirizaÃÃo do trabalho; por outro lado, suscitou a necessidade de um trabalhador com formaÃÃo mais ampla, fundamentada no que foi denominado mÃltiplas competÃncias, ou seja, capacidade de responder Ãs inÃmeras contingÃncias trazidas pela aceleraÃÃo tecnolÃgica com autonomia, lideranÃa e criatividade. Ao passo que a formaÃÃo do trabalhador durante o modelo fordista/taylorista de produÃÃo restringia-se a conhecimentos tÃcnicos e especializados, voltados diretamente para um posto de trabalho especÃfico, no regime de acumulaÃÃo flexÃvel, essa formaÃÃo deve contemplar tanto elementos de natureza tÃcnica quanto subjetiva. No sentido aprofundar a nossa compreensÃo sobre a formaÃÃo do trabalhador, expomos a contribuiÃÃo sociolÃgica de Friedman, Naville e Touraine sobre qualificaÃÃo profissional. A partir dessa contribuiÃÃo discutimos o conceito de competÃncias. A reestruturaÃÃo do setor produtivo promoveu mudanÃas tambÃm na educaÃÃo. No Brasil, essas mudanÃas ocorreram mais explicitamente a partir de 1996 com a promulgaÃÃo da nova Lei de Diretrizes e Bases da EducaÃÃo Nacional (n 9394/96), que determinava profundas alteraÃÃes nos estabelecimentos de educaÃÃo profissional, como tambÃm na formaÃÃo de seus docentes. Com base nesses fatos, buscamos identificar junto aos docentes do SENAI-PE a maneira como vem sendo conduzida a formaÃÃo do trabalhador industrial, e em que medida essa formaÃÃo vem atendendo Ãs premissas do regime de acumulaÃÃo flexÃvel.

ASSUNTO(S)

sociologia educacional â senai-pe qualificaÃÃo profissional sociologia competÃncias sociologia do trabalho â senai-pe

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