O estÃgio de formaÃÃo do tÃcnico industrial em empresas flexÃveis: (con)formaÃÃo do trabalhador?
AUTOR(ES)
Ana Paula Furtado Soares Pontes
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
Esta pesquisa tem por objetivo analisar o estÃgio do tÃcnico de nÃvel mÃdio em empresas flexÃveis, com o intuito de desvelar a pedagogia fabril presente nessa experiÃncia formativa. Nosso campo de pesquisa foi formado por trÃs empresas industriais da RegiÃo Metropolitana de Recife/PE e pelo Centro Federal de EducaÃÃo TecnolÃgica de Pernambuco (CEFETPE), instituiÃÃo responsÃvel legalmente pelo estÃgio de seus alunos. Como percurso metodolÃgico, priorizamos uma primeira aproximaÃÃo empÃrica com nosso objeto, empregando a tÃcnica de grupo focal com estagiÃrios do curso de MecÃnica Industrial do CEFETPE. Posteriormente, nos detivemos em apreender referÃncias sobre as especificidades do modelo flexÃvel adotado pelas empresas pesquisadas; a relaÃÃo CEFETPE e empresas; a pedagogia fabril do estÃgio implementado nas mesmas e o perfil do tÃcnico que se prioriza formar com essa experiÃncia. Para tal, tomamos como sujeitos de nossa pesquisa estagiÃrios do curso de MecÃnica e QuÃmica Industrial; supervisores de estÃgio (do CEFETPE e das empresas); a coordenadora da CoordenaÃÃo de IntegraÃÃo Escola Empresa (CIE-E) da referida instituiÃÃo educativa e os gerentes de RH das empresas. Realizamos anÃlise de conteÃdo dos dados coletados em entrevistas realizadas com os diversos sujeitos envolvidos e nos documentos disponibilizados pelo CEFETPE e empresas. Verificamos que o estÃgio representa uma oportunidade de formaÃÃo prÃtica, situando o estagiÃrio no contexto real da empresa, com suas exigÃncias e ritmos prÃprios. As empresas exercem influÃncia preponderante na formaÃÃo dos estagiÃrios pelo fato do CEFETPE se omitir de sua responsabilidade precÃpua nesta etapa formativa. Dessa forma, os estagiÃrios sÃo expostos a uma influÃncia unilateral. O perfil de tÃcnicos de nÃvel mÃdio que as empresas flexÃveis pretendem formar a partir da experiÃncia do estÃgio guarda correspondÃncia com o setor em que o mesmo atuarÃ, voltando-se para uma formaÃÃo tÃcnica (conceitual e procedimental) de maior ou menor complexidade, considerada complementar à sÃlida formaÃÃo geral a ser viabilizada pela escola. Para tal, a empresa defende e valoriza uma formaÃÃo prÃtica (relaÃÃo teoria-prÃtica numa perspectiva aditiva e dicotÃmica), que deve ser enriquecida com o desenvolvimento das chamadas atitudes generalizÃveis visando à rÃpida adaptaÃÃo a contextos produtivos cambiantes e instÃveis
ASSUNTO(S)
pedagogia fabril manufacture pedagogy perfil de formaÃÃo do tÃcnico flexible industry estÃgio educacao technician formation profile trainee period empresas flexÃveis
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