Filmes e beads à base de quitosana: incorporaÃÃo de compostos luminescentes e estudos de interaÃÃes hospedeiro-hÃspede

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

A quitosana à um polissacarÃdeo obtido, geralmente, a partir da hidrÃlise da quitina, em meio alcalino, por meio de reaÃÃo de desacetilaÃÃo em temperaturas elevadas sob condiÃÃes heterogÃneas. As propriedades da quitosana e, conseqÃentemente, suas aplicaÃÃes dependem do seu grau de desacetilaÃÃo e da sua massa molar mÃdia. Assim a primeira parte deste trabalho consistiu na caracterizaÃÃo de trÃs quitosanas utilizadas nesse trabalho, por espectroscopia no infravermelho, RMN 1H, RMN 13C e medidas viscosimÃtricas. O grau de desacetilaÃÃo das quitosanas ficou entre 68% e 78% e a massa molar entre 2,75 x 105 e 3,34 x 105 g.mol-1. As anÃlises de difraÃÃo de raios-X mostraram que os Ãndices de cristalinidade de todas as quitosanas purificadas foram maiores do que as quitosanas nÃo purificadas devido à reorganizaÃÃo das cadeias durante o processo de aquecimento. Na segunda parte do trabalho, foram preparados filmes e beads de quitosana. Os filmes foram obtidos a partir de soluÃÃes de quitosana, que foram depositados em uma superfÃcie plana de poliestireno para a evaporaÃÃo do solvente. ApÃs secagem os filmes formados foram removidos por destacamento. Os beads foram obtidos a partir do gotejamento de soluÃÃes de quitosana em soluÃÃo de trifosfato de sÃdio. Estes sÃo imediatamente formados, resultando de interaÃÃes de carÃter eletrostÃtico entre o policÃtion de quitosana e o Ãnion trifosfato, P3O10 5-, conservando a forma e tamanho da gota. Os filmes e beads foram caracterizados por difraÃÃo de raios-X e microscopia eletrÃnica de varredura. O Ãndice de cristalinidade dos filmes diminuiu em relaÃÃo à quitosana indicando uma baixa organizaÃÃo das cadeias na formaÃÃo dos mesmos. Em seguida, foram incorporados compostos orgÃnicos luminescentes (harmana, fluoresceÃna e rodamina B) nos filmes e beads à base de quitosana e, entÃo, caracterizados por espectroscopia de absorÃÃo na regiÃo do UV-visÃvel e espectroscopia de emissÃo. Todos os espectros de absorÃÃo e emissÃo dos luminÃforos mudaram com a incorporaÃÃo aos filmes de quitosana. Os espectros de absorÃÃo mostraram um deslocamento do equilÃbrio das espÃcies neutras e catiÃnicas da harmana para sua forma neutra com a formaÃÃo dos filmes, indicando que o filme de quitosana tem carÃter bÃsico, o que foi confirmado pelo espectro de emissÃo. Nos filmes com fluoresceÃna foi observado que houve um deslocamento das bandas de absorÃÃo, indicando a formaÃÃo de espÃcies dianiÃnicas, o que sugere a sua adsorÃÃo à quitosana. Jà no filme com rodamina B foi observado um aumento na concentraÃÃo de dÃmeros apÃs a formaÃÃo dos filmes A cinÃtica de liberaÃÃo da rodamina B dos filmes e beads em PBS e Ãgua foi tambÃm estudada. A rodamina liberada foi medida por espectroscopia. Foram utilizados dois modelos: Higuchi e KoorsmeyerâPeppas. Observou-se que a liberaÃÃo a partir de filmes e beads em Ãgua ocorre por difusÃo Fickiana e que somente a liberaÃÃo a partir de beads em PBS ocorre por difusÃo nÃo-Fickiana. Em todas as amostras estudadas, exceto a liberaÃÃo do corante dos beads de quitosana em PBS, foi observado a difusÃo Fickiana

ASSUNTO(S)

quimica beads interaÃÃes hospedeiro-hÃspede filmes compostos luminescentes quitosana

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