Estudo da osteoartrose em joelhos de cães secundária à ruptura do ligamento cruzado cranial / Study of the osteoarthitis in knees of dogs secondary to cranial cruciate ligament rupture in dogs
AUTOR(ES)
Anderson Coutinho da Silva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
INTRODUÇÃO e OBJETIVO: A osteoartrite (OA) embora frequente tem patogênese incerta em humanos. Descrevemos modelo experimental original de OA em cães, analisando em dois tempos diferentes as consequências da Ruptura Espontânea do Ligamento Cruzado Cranial (RLCCr). MÉTODOS: Vinte animais machos com menos de 5 anos ( 20 a 45 Kg) com RLCCr submetidos à artrotomia para estabilização articular tiveram fragmentos articulares removidos para análise. O grupo RLCCr <20 (10 animais) foi operado antes dos vinte dias e o grupo >20 (10 animais) após 20 dias do início da lesão. Sete animais com OA pré-existente (OA) que morreram por quaisquer motivos e 7 animais normais (NC) provenientes do C.C.Z., serviram de grupos controles. Os animais foram avaliados clinica e radiologicamente. Foi colhido líquido sinovial dos animais operados e de outros 20 cães controles submetidos às cirurgias por diferentes causas. Para estudo morfológico, os fragmentos de cartilagens foram corados com H&E e Picrossirius. A gravidade do escore histológico da OA foi quantificada através da coloração com Safranina O. Analisou-se citocinas próinflamatórias (IL-6, TNF-alfa) e a quimiocina CCL2/MCP-1 nos líquidos sinoviais. RESULTADOS: Todos os cães tinham o teste de movimento da gaveta e exame de compressão da mesa tibial positivos. Achados radiográficos correlacionaram-se com maior tempo de RLCCr. Cartilagem articular de animais normais (NC) exibiram superfície preservada, disposição ordenada dos condrócitos e integridade da rede de colágeno. Exames histológicos em animais do grupo RLCCr <20 mostraram irregularidades na superfície articular, diminuição no número de condrócitos e remodelamento de fibras de colágeno. No grupo >20, observou-se osteófitos e irregularidades evidentes nas superfícies articulares. A gravidade do escore de acometimento histológico traduziu-se por intensa diminuição celular na superfície articular, com presença de clusters de condrócitos na região intermediária da cartilagem e total desorganização da rede de fibras de colágeno. A quimiocina CCL2/MCP-1 esteve aumentada no grupo com menos de 20 dias de lesão, enquanto a IL-6 foi mais expressiva nos animais operados tardiamente. CONCLUSÃO: O modelo experimental espontâneo de OA canino, estudado em dois tempos, é um instrumento original e útil para estudo da patogênese da osteoartrite, além de ter o mérito de preservar a integridade física dos animais de laboratório
ASSUNTO(S)
cytokines quimiocinas dogs osteoartrite/patologia ligamentos articulares/cirurgia synovial fluid cartilagem articular/metabolismo articular cartilage/pathology citocinas joelho ligaments to articulate/ surgery osteoarthritis/pathology articular cartilage/metabolism knee cartilagem articular/patologia cães chemiokine líquido sinovial
Documentos Relacionados
- Estudo morfométrico, ultra-estrutural e imuno-histoquímico do ligamento cruzado cranial com ruptura em cães
- Estudo biomecânico de duas técnicas extra-capsulares para estabilização do joelho com ruptura do ligamento cruzado cranial em cães
- Stabilization of the femorotibiopatelar joint with double fixation of the fascia lata after experimental rupture of the cranial cruciate ligament in dogs
- Radiografia e ultrassonografia no diagnóstico da ruptura do ligamento cruzado cranial em cães
- Diagnosing rupture of the cranial cruciate ligament