Stabilization of the femorotibiopatelar joint with double fixation of the fascia lata after experimental rupture of the cranial cruciate ligament in dogs / Estabilização da articulação femorotibiopatelar com a fixação dupla da fáscia lata após ruptura experimental do ligamento cruzado cranial em cães

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

20/12/2011

RESUMO

A ruptura do ligamento cruzado cranial é a terceira maior causa de problemas ortopédicos em cães. Inúmeras são as técnicas cirúrgicas descritas para restabelecer a estabilidade da articulação femorotibiopatelar após a ruptura deste ligamento. No entanto, nenhuma delas é capaz de proporcionar completa estabilidade e inibir a doença articular degenerativa. O presente estudo avaliou a eficiência de uma nova técnica cirúrgica com componentes intra e extracapsulares utilizando enxerto da fáscia lata autógena, fixada em dois pontos e de um programa fisioterápico para auxiliar na recuperação pós-cirúrgica. Para este estudo foram utilizados 10 cães pesando entre 15 e 22 kg. Após a ruptura experimental do ligamento cruzado cranial, a fáscia lata foi fixada no côndilo femoral lateral, por meio de um parafuso esponjoso e arruela, em ponto isométrico e, posteriormente, no tendão patelar com suturas em X. Todos os animais receberam tratamento fisioterápico diário imediatamente após a cirurgia até o fim das avaliações, 60 dias após a cirurgia. Foram avaliados os sinais de dor, edema e claudicação. A estabilidade articular foi analisada por meio do teste de deslocamento cranial da tíbia, de compressão tibial e rotação medial da tíbia. Foram mensuradas a amplitude de movimento da articulação femorotibiopatelar e os diâmetros da coxa e desta articulação. Foram feitas radiografias antes da cirurgia e no 60 dia de póscirúrgico para a avaliação da presença ou ausência de sinais de doença articular degenerativa. Os resultados da avaliação clínico-ortopédica mostraram que os animais apresentaram dor leve e edema leve a moderado apenas nos primeiros dias do pós-operatório. Os sinais de claudicação foram mais intensos nos primeiros 15 dias melhorando progressivamente até o último dia de avaliação. Os diâmetros da coxa e do joelho não foram estatisticamente diferentes nos momentos antes da cirurgia e no decorrer de todo o experimento. Houve uma redução estatisticamente significativa da amplitude de movimento imediatamente após a cirurgia aumentando gradativamente durante o período experimental até atingir valores iguais aos do pré-cirúrgico. Embora os testes de estabilidade tenham sido sempre negativos no pósoperatório, quatro cães apresentaram sinais radiográficos de osteoartrose. A técnica propostafoi capaz de restabelecer a função do ligamento cruzado cranial e o protocolo de fisioterapia auxiliou na recuperação da função da articulação femorotibiopatelar de cão.

ASSUNTO(S)

clinica cirurgica animal ligamento cruzado cranial joelho instabilidade articular cranial cruciate ligament knee instability

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