Estaurosporinas de Eudistoma vannamei: QuÃmica e Bioatividade / Staurosporines from Eudistoma vannamei: Chemistry and Bioactivity.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

15/07/2009

RESUMO

Eudistoma vannamei (Millar, 1977) à uma ascÃdia endÃmica do litoral do Nordeste brasileiro, largamente encontrado nas praias rochosas do estado do CearÃ. Previamente, o extrato bruto apresentou um interessante perfil em termos de bioatividade. O fracionamento bioguiado identificou uma mistura 1:1 altamente citotÃxica, contendo dois derivados inÃditos de estaurosporina, 2-hidroxi-7-oxoestaurosporina (I) e 3-hidroxi-7-oxoestaurosporina (II). IC50 para I/II e estaurosporina (STP) foram obtidas apÃs 72h de incubaÃÃo com diversas linhagens de cÃlulas tumorais, utilizando-se o ensaio do MTT, e em linfÃcitos humanos normais, atravÃs do ensaio de AlamarBlue. I/II superou a citotoxicidade de STP em 7 vezes, em mÃdia, para as cÃlulas tumorais, ao passo que mostrou-se tÃo ativa quanto frente Ãs cÃlulas normais. Uma anÃlise cinÃtica sobre a progressÃo de ciclo celular, ativaÃÃo de resposta a dano e vias de reparo de DNA, e induÃÃo de apoptose de cÃlulas HL-60 (leucemia) foi conduzida com 40 ou 80ng/mL I/II e acessada por citometria de fluxo e western blotting. Estudos de ciclo celular indicaram que I/II (40ng/mL) induz bloqueio de ciclo celular em G2/M e que este efeito prossegue irreversÃvel mediante a remoÃÃo do estÃmulo. STP (200ng/mL) induziu o bloqueio quase que completo em G2/M apÃs 24h de incubaÃÃo, enquanto perÃodos mais longos de incubaÃÃo provocam um aumento substancial de cÃlulas poliplÃides. A expressÃo de proteÃnas envolvidas no controle do ciclo celular (Cdk1, Cdk2, ciclina A e ciclina B1), associada à observaÃÃo morfolÃgica de cÃlulas tratadas com 40ng/mL I/II e coradas com H/E em lÃminas de vidro sugere que o bloqueio està ocorrendo, de fato, na fase G2. O bloqueio em G2 foi parcamente observado em cÃlulas tratadas com 80ng/mL I/II, conquanto caracterÃsticas apoptÃticas fizeram-se deveras evidentes. A avaliaÃÃo de dano à fita dupla de DNA atravÃs do teste do cometa neutro indica a induÃÃo apenas de baixo nÃvel de dano de DNA em cÃlulas tratadas com 40ng/mL I/II por 24, 48 ou 72h. Entretanto, cÃlulas tratadas com 80ng/mL I/II exibiram nÃveis mais elevados de dano. A expressÃo de proteÃnas relacionadas a dano de DNA (ATM e H2A.X) deu-se numa forma tempo- e concentraÃÃo-dependente, enquanto o bloqueio de ciclo e os marcadores de reparo (Chk1, Cdc25C, BRCA1) foram ativados, predominantemente, em cÃlulas tratadas com 40ng/mL I/II. Inversamente, a externalizaÃÃo de PS e a ativaÃÃo das caspases efetoras 3 e 7 e de PARP mostraram-se altamente expressos em cÃlulas tratadas com 80ng/mL I/II mostrou um claro efeito citostÃtico em cÃlulas HL-60 na menor concentraÃÃo testada, evidenciado pelo persistente bloqueio de ciclo celular e baixo dano em DNA; e um objetivo efeito citotÃxico na concentraÃÃo maior, motivado pelo extensivo dano em DNA e induÃÃo de apoptose.

ASSUNTO(S)

farmacologia estaurosporina acidiacea bioatividade ciclo celular staurosporine acidiacea bioactivity cell cycle

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