Crescimento, trocas gasosas, partiÃÃo de Ãons e metabolismo do nitrogÃnio em plantas de milho submetidas à salinidade e diferentes fontes de N / Growth, gas exchange, partition of ions and nitrogen metabolism in maize plants subjected to salinity and different nitrogen sources

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

26/02/2009

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi estudar o efeito da fonte de N no crescimento, nas trocas gasosas, na partiÃÃo de Ãons e no metabolismo do N em plantas de milho (Zea mays L.) submetidas à salinidade. Para isto, sementes de milho foram semeadas em copos plÃsticos contendo vermiculita, sendo mantidas em casa de vegetaÃÃo. Em seguida, as plÃntulas foram transferidas para um meio hidropÃnico com concentraÃÃo de N igual a 6 mM, nas formas de NO3-, NO3-/NH4+ ou NH4+. ApÃs cinco dias nestas condiÃÃes, iniciou-se a adiÃÃo de NaCl, que foi feita em parcelas de 25 mM por dia, atà atingir a concentraÃÃo final de 100 mM. As coletas foram realizadas aos 4, 11 e 18 dias apÃs o inÃcio do tratamento salino. Em condiÃÃes controle, as plantas nutridas com a mistura NO3-/NH4+ foram as que apresentaram o maior crescimento da parte aÃrea, em comparaÃÃo aos demais tratamentos de N. Houve uma forte reduÃÃo do crescimento quando as plantas foram submetidas à salinidade, mas este efeito foi independente da fonte de N empregada. De maneira geral, a salinidade reduziu a condutÃncia estomÃtica (gs), a transpiraÃÃo (E), a fotossÃntese (A) e a relaÃÃo entre a concentraÃÃo interna e externa de CO2 (Ci/Co) das plantas de todos os tratamentos de N e nos diferentes tempos de coleta. Entretanto, nas plantas cultivadas com NH4+ e aos 18 dias do tratamento salino, foram observados uma reduÃÃo acentuada na gs, A e E e um aumento na relaÃÃo Ci/Co. Os teores de Na+ aumentaram com a salinidade, contudo, nas plantas nutridas com NH4+, esses teores foram menores do que os dos demais tratamentos de N em condiÃÃes de salinidade. Os teores de K+, por sua vez, foram reduzidos pela salinidade, sendo que as plantas nutridas com a mistura NO3-/ NH4+ e apenas NH4+ absorveram menos K+ do que as cultivadas apenas com NO3-, principalmente nas folhas e colmos das plantas aos 11 dias e nas folhas e raÃzes das plantas aos 18 dias de estresse salino. Dessa forma, houve influÃncia da fonte de N na relaÃÃo Na+/K+, particularmente nas raÃzes das plantas aos 18 dias de exposiÃÃo ao estresse salino, cujos menores aumentos nesse parÃmetro foram observados nas plantas tratadas apenas com NO3-. Os maiores incrementos nos teores de Cl- causados pela salinidade foram observados nas plantas cultivadas com NO3- e com a mistura NO3-/ NH4+. PorÃm, em condiÃÃes controle, esses teores foram aumentados nas folhas e colmos das plantas cultivadas apenas com NH4+. Os teores de NO3- foram maiores nas plantas nutridas com NO3- e NO3-/NH4+, quando comparadas Ãs nutridas somente com NH4+, tanto em condiÃÃes controle quanto de salinidade. A maior e a menor relaÃÃo Cl-/NO3- foram encontradas, respectivamente, nas plantas tratadas com NO3- e com NH4+. Os teores de NH4+ da parte aÃrea foram pouco influenciados pela salinidade ou pela fonte de N, porÃm, nas raÃzes das plantas nutridas com NH4+ e sob salinidade, houve um grande acÃmulo desses Ãons aos 18 dias de estresse. Os teores de carboidratos solÃveis foram, em geral, aumentados pela salinidade, com exceÃÃo nas folhas e colmos (aos 18 dias de estresse salino) e nas raÃzes (durante todo o perÃodo experimental) das plantas tratadas com NH4+. De maneira geral, os teores de proteÃnas solÃveis e de N-aminossolÃveis foram aumentados pela salinidade, sendo que as maiores quantidades destes solutos foram observadas nas raÃzes das plantas tratadas com NH4+ e aos 18 dias de estresse salino. Os teores de N-total foram reduzidos pela salinidade, sendo isto observado especialmente nas plantas nutridas apenas com NO3-. Nas folhas, as atividades da redutase do nitrato (NR) e da redutase do nitrito (NiR) foram maiores nas plantas tratadas com NO3- e com a mistura NO3-/ NH4+. Foi observada pouca influÃncia da salinidade na atividade da NiR das folhas de milho. Nas folhas, a salinidade influenciou diferentemente a atividade da sintetase da glutamina (GS) entre as diferentes fontes de N e tempos de exposiÃÃo à salinidade. PorÃm, nas raÃzes, de maneira geral, a atividade da GS aumentou com a salinidade, com exceÃÃo das plantas tratadas com NH4+, que nÃo foram influenciadas por este estresse. Aos 18 dias de exposiÃÃo à salinidade, a atividade da GS foi maior nas plantas tratadas com NH4+, em comparaÃÃo com os demais tratamentos de N. A atividade da sintase do glutamato (GOGAT), nas folhas, em geral, aumentou com a salinidade, contudo, nas raÃzes essa atividade foi reduzida principalmente nas plantas cultivadas com NO3-, aos 4 dias, e com NH4+, aos 11 e 18 dias. Esses resultados sugerem que as diversas fontes de N nÃo influenciaram na tolerÃncia das plantas de milho à salinidade, entretanto as plantas nutridas com NO3- foram melhores nas relaÃÃes iÃnicas e as maiores atividades da GS observadas nas raÃzes das plantas cultivadas com NH4+, aos 18 dias de estresse, ajudaram no ajustamento osmÃtico, como conseqÃÃncia do acÃmulo de proteÃnas solÃveis e N-aminossolÃveis

ASSUNTO(S)

fisiologia vegetal fontes de nitrogÃnio metabolismo do n salinidade zea mays inorganic solutes nitrogen sources n metabolism salinity, zea mays solutos inorgÃnicos

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