Chance de deferimento de requerimentos de auxílio-doença a segurados do Instituto Nacional do Seguro Social com transtornos mentais

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Psiquiatr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

15/04/2011

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar a chance de deferimento em relação a fatores institucionais, clínicos, sociodemográficos e previdenciários em exames periciais iniciais de requerentes de auxílio-doença com registro de algum transtorno mental como diagnóstico principal em Juiz de Fora-MG. MÉTODO: Considerando as categorias de peritos médicos avaliadores, foram construídos dois modelos de regressão logística buscando caracterizar o peso relativo de diversas variáveis sobre a conclusão médico-pericial. RESULTADOS: Os fatores que se mostraram fortemente associados a maior chance de deferimento foram: segurado avaliado por perito médico sem especialidade em psiquiatria; com diagnóstico de psicoses; na faixa etária de até 29 anos de idade; com outras comorbidades clínicas que não as psiquiátricas, osteomusculares e cardiovasculares; vinculado ao INSS como empregado; e do sexo masculino. DISCUSSÃO: Nos dois modelos estudados, os peritos médicos especialistas em psiquiatria se associaram a menor chance de deferimento. Isto sugere que profissionais especializados na área relativa ao diagnóstico dos segurados sejam mais rigorosos em suas avaliações periciais que os peritos não-especialistas. CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que a chance de deferimento esteve associada à especialidade do perito médico examinador, ao diagnóstico, idade, sexo e categoria de segurado.

ASSUNTO(S)

transtornos mentais pessoas com deficiência previdência social diagnóstico avaliação de resultado de intervenções terapêuticas

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