Capital social, clientelismo e polÃtica: um estudo sobre as redes associativas no PSF

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A idÃia de Capital social està quase sempre associada com bens positivos como participaÃÃo e democracia. No entanto, capital social tambÃm pode estar vinculado a outras manifestaÃÃes da esfera pÃblica. Podendo, por exemplo, ser utilizado como ferramenta para o privilegiamento de âamigosâ em detrimento de âdesconhecidosâ. Aqui exploramos particularmente a circulaÃÃo desigual de recursos e o fenÃmeno do clientelismo nas redes associativas. Tendo por base levantamento de dados realizado na cidade do Recife, na RegiÃo PolÃtico-Administrativa (RPA) 1, encontramos esse tipo de favorecimento no acesso ao cargo de Agente ComunitÃrio de SaÃde (ACS). Remontamos atravÃs da citaÃÃo dos Agentes ComunitÃrios de SaÃde, a rede social que os vincula Ãs associaÃÃes comunitÃrias e organizaÃÃes-nÃo-governamentais presentes nas comunidades atendidas pelo Programa de SaÃde da FamÃlia (PSF). Verificamos que os profissionais contratados antes de 2002 tinham mais participaÃÃo nas associaÃÃes locais jà que o preenchimento das vagas para o cargo de ACS se dava por indicaÃÃo de lideranÃas locais. Comprovou-se atravÃs de entrevistas aplicadas aos ACSs e aos lideres comunitÃrios que essas associaÃÃes muitas vezes nÃo tinham carÃter democrÃtico e atà mesmo lhes faltavam representatividade comunitÃria, comprometendo, dessa forma, as premissas de participaÃÃo e democratizaÃÃo presentes na polÃtica do PSF. Por outro lado, os profissionais contratados a partir de 2002, ano da institucionalizaÃÃo do processo seletivo, compartilham de um perfil diferenciado, geralmente nÃo se vinculando Ãs redes clientelistas, o que pode resultar a mÃdio prazo, numa mudanÃa do perfil participativo das comunidades nas aÃÃes do PSF

ASSUNTO(S)

redes sociais public politics social network sociologia clientelismo polÃticas pÃblicas social capital capital social clientelism

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