Avaliação da eficácia de uma vacina autóctone de Streptococcus agalactiae inativado aplicada por banho de imersão em tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus)

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

03/05/2010

RESUMO

A aquicultura mundial esta crescendo num ritmo mais rápido que outros setores da produção de alimentos de origem animal e seu crescimento e proporcionalmente maior que o da população humana mundial. Mais da metade dessa produção e representada por espécies de peixes de água doce. A aquicultura exerce importante função social contribuindo para a subsistência de milhões de pessoas. O Brasil se destaca na aquicultura e, em 2004, ocupou a 18a colocação em produção aquicola e a 12a em valores gerados. O grupo das tilapias aparece como uma das espécies de maior importância no cenário mundial, principalmente devido a sua rusticidade, hábitos alimentares e adaptação em sistema intensivo. Por outro lado, o cultivo intensivo pode ser prejudicado pelo manejo inadequado, que predispõe doenças infecciosas como a estreptococose, responsável por elevados prejuízos para os produtores. Streptococcus iniae e Streptococcus agalactiae são as espécies de estreptococos de maior relevância para a piscicultura. O desenvolvimento e uso de vacinas tem sido considerado como alternativa no combate destas doenças. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia de uma vacina autóctone de S. agalactiae inativado aplicada por banho de imersão (b.i.) em tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) e desafiadas com cepa homologa. Foram utilizadas 421 tilapias com peso médio de 38,38 g, distribuídas em dois tratamentos (T1 e T2) e um grupo controle. No T1, os peixes foram vacinados com uma dose por b.i., com concentração de 5,4 x 108 UFC mL-1. O T2 recebeu duas doses de vacina por b.i., com intervalo de 25 dias. O grupo controle recebeu um banho de água ultrapura. Os peixes foram desafiados por via intraperitoneal (i.p.), com concentração de 3,0 x 108 UFC mL-1 de S. agalactiae, 43 dias apos a primeira ou segunda dose da vacina, de acordo com o tratamento. Os peixes foram monitorados durante 16 dias apos o desafio. Comparativamente ao grupo controle os resultados obtidos para o T1 foram: p = 0,0805, RR = 0,79 (IC 95%: 0,61 – 1,01) e RPS = 21%. Para o T2 foram: p = 0,0296, RR = 0,74 (IC 95%: 0,56 – 0,96) e RPS = 26%. A mortalidade apos o desafio foi de 57 peixes (40,71%) no T1, 51 (38,06%) no T2 e 76 (51,7%) no grupo controle. Nao houve diferenca significativa entre T1 e T2 e p=0,7445. Este resultado permite concluir que a vacina testada apresentou baixa eficácia na imunização das tilapias.

ASSUNTO(S)

tilápia (peixe) - doenças estreptococo vacinas peixe - imunologia streptococcus vaccines fish immunology

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