A Falácia da interatividade. Crítica das práticas glocais na cibercultura
AUTOR(ES)
Márcio Wariss Monteiro
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006
RESUMO
O presente trabalho se insere no cenário teórico da cibercultura, atual arranjamento mediático planetário configurado pela convergência entre telecomunicações e informática. Aborda, especificamente, a interatividade tomada como o processo social que, por meio de práticas glocais ciberculturais, organiza e dinamiza o mundo, no que tange tanto a atividades socioculturais, quanto à vida cotidiana. Trata-se de um trabalho exclusivamente reflexivo que se debruça sobre a lógica do processo sociotecnológico posterior ao final da Segunda Guerra Mundial, com destaque para as três últimas décadas, nas quais a microinformática surgiu e se desdobrou. Nesse contexto, em que as tecnologias interativas tornaram-se imprescindíveis, o presente trabalho busca fazer tensão com correntes de pensamento celebrativas que atribuem à interatividade o condão para superar limitações corporais e intelectuais humanas, assim como para solucionar mazelas relacionadas aos laços sociais e à realização democrática. Nesse sentido, procura-se demonstrar que a interatividade, antes de cumprir tais promessas, vigora como falácia a principal hipótese da pesquisa , atualizando de modo reescalonado e indevido os ideais utópicos da teoria cibernética. Para tanto, recorre-se à pesquisa bibliográfica com o objetivo de se mapear os vários enfoques sobre o tema, para, então, se realizar articulações e desdobramentos que subsidiem uma compreensão apurada do processo civilizatório contemporâneo, marcadamente mediático. Não obstante o vasto leque de livros, ensaios e artigos, acadêmicos ou não, disponíveis, o trabalho espera contribuir com as pesquisas sobre a interatividade, abordando-a não apenas como procedimento informático pontual e pragmático observado na relação entre humanos e computadores, mas também, e principalmente, como vetor de organização do modus operandi da civilização contemporânea. As intenções se alinham, portanto, e não por acaso, às perspectivas teóricas que vêm sendo desenvolvidas por Philippe Breton e Serge Proulx, sobre a comunicação como utopia, por Paul Virilio, a respeito da dromologia, e por Eugênio Trivinho, no que se refere à cibercultura e ao fenômeno glocal
ASSUNTO(S)
interacao homem-maquina cyberculture human-machine relations interatividade glocal phenomenon interactivity fenômeno glocal utopia tecnológica comunicacao communication mediated by computers technological utopia comunicação mediada por computadores sistemas computacionais interativos cibercultura relação humano-máquina computadores e civilizacao
ACESSO AO ARTIGO
http://www.sapientia.pucsp.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3773Documentos Relacionados
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