Zazie dans le métro : violência na escrita de Raymond Queneau e nas traduções para o português do Brasil / Zazie dans le métro : violence in Raymond Queneau s writing and in the translations into Brazilian Portuguese

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

No romance Zazie dans le métro (1959), Raymond Queneau explora a linguagem coloquial, valendo-se da língua que chamou de neo-francês. O autor faz um verdadeiro "exercício de estilo" oral popular, em que mistura registros e faz paródias, imprimindo ao romance, além de um ritmo rápido, redundâncias, ortografia fonética, ausência de concordâncias gramaticais, arcaísmos etc. em franca oposição aos preconceitos em relação à língua oral. O oulipiano questiona a língua, provocando o leitor e obrigando-o a se distanciar da linguagem a que está habituado. Este trabalho propõe uma reflexão sobre a violência observada tanto no texto dito original de Queneau, quanto na tradução e, em particular, na passagem do neo-francês à língua portuguesa do Brasil. Se a própria escrita de Zazie na língua original (o neo-francês) já é um exercício, da tradução espera-se um trabalho que podemos chamar de "trabalho dobrado". Para tanto, admite-se a violência na tradução, o que permite levantar várias questões relativas à língua, à cultura, à identidade, à dicotomia entre língua oral e língua escrita, entre obra original e obra traduzida, além de questionar os limites e as proibições, a criação literária, o trabalho do tradutor, as normas acadêmicas, o desafio da escrita e favorece a divulgação de obras literárias importantes

ASSUNTO(S)

língua francesa - francês falado língua francesa - escrita língua francesa - traduções para o português violência transcriação queneau raymond french language french language french language violence transcreation

Documentos Relacionados