Variações diurnas nos carboidratos não-estruturais em tecidos vegetativos de Melinis minutiflora, Echinolaena inflexa and Lolium multiflorum - Poaceae

AUTOR(ES)

Souza, Amanda de, Sandrin, Carla Z., Moraes, Moemy G., Figueiredo-Ribeiro, Rita de Cássia L.

FONTE

Brazilian Journal of Botany

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-12

RESUMO

Echinolaena inflexa (Poir.) Chase (flexinha) é uma gramínea C3 nativa do cerrado, que apresenta produção de biomassa e abundância comparáveis às de Melinis minutiflora Beauv. (capim-gordura), uma gramínea C4, de origem africana e invasora do cerrado. Ambas espécies são perenes e armazenam amido como carboidrato de reserva, diferentemente de Lolium multiflorum Lam. ssp. italicum Beck cv. Lema, uma gramínea C3 de regiões de clima temperado, introduzida no sul do Brasil para fins forrageiros, que acumula frutanos como principal carboidrato de reserva em seus órgãos vegetativos. Neste trabalho foram analisadas as variações diurnas no conteúdo e na composição dos carboidratos-não estruturais (NSC) presentes na parte aérea dessas três espécies. Os resultados mostraram que os conteúdos de açúcares solúveis em água (WSC) e de amido são semelhantes em Melinis minutiflora e Echinolaena inflexa, sendo maiores na espécie invasora. Contudo, as maiores quantidades de WSC, especialmente de sacarose, glicose e frutose foram encontradas em Lolium multiflorum, gramínea acumuladora de frutanos. Embora os conteúdos de WSC e de amido nas gramíneas tropicais E. inflexa e M. minutiflora tenham sido semelhantes entre si, os padrões diurnos de variação desses compostos foram diferentes nessas espécies e parecem estar relacionados ao metabolismo de amido, especialmente em M. minutiflora.

ASSUNTO(S)

açúcares amido cerrado frutanos panicoideae pooideae

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