UtilizaÃÃo de critÃrios CoproscÃpicos e SorolÃgicos na detecÃÃo de casos de esquistossomose mansÃnica em Ãrea de baixa endemicidade no Estado do Cearà / Use of methods Coproscopia and serology in the detection of cases of schistosomiasis mansoni in area of low endemic in the State of Cearà - Brazil

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

16/10/2008

RESUMO

A Esquistossomose à uma doenÃa causada por parasitos do gÃnero Schistosoma matando centenas de milhares de pessoas por ano no mundo. O Schistosoma tem vÃrias espÃcies com interesse clÃnico. No Brasil o causador da Esquistossomose à o S. mansoni e o principal hospedeiro e reservatÃrio do parasito à o homem sendo a partir desse que os ovos sÃo eliminados nas fezes. Os hospedeiros intermediÃrios sÃo os caramujos. As principais espÃcies de caramujos hospedeiros do Schistosoma mansoni no Brasil sÃo: Biomphalaria glabrata, Biomphalaria tenagophila e Biomphalaria straminea. Sendo a terceira espÃcie a predominante no CearÃ. A doenÃa tem presenÃa constante em mais de 74 paÃses (praticamente todos subdesenvolvidos). Cerca de 500 a 600 milhÃes de pessoas correm riscos de serem atingidas e mais de 200 milhÃes sÃo infectadas a cada ano, e isso se deve principalmente a falta de saneamento bÃsico e educaÃÃo sanitÃria. Para a melhor profilaxia desta doenÃa, deve ser feito o diagnÃstico e o tratamento da populaÃÃo, orientando para evitar entrar em contato com Ãguas que contenham caramujos (aÃudes, lagos, lagoas, rios etc). à uma doenÃa que pode evoluir para complicaÃÃes graves, eventualmente levando ao Ãbito em funÃÃo de extensa fibrose decorrente da presenÃa em parÃnquima hepÃtico de ovos do Schistosoma mansoni, formando granulomas. O principal objetivo desse estudo foi desenvolver uma estratÃgia para aumentar a eficÃcia na identificaÃÃo de pacientes infectados com S.mansoni, em Ãrea de baixa endemicidade, no Estado do CearÃ, usando um protocolo combinando uma tÃcnica sorolÃgica (IgG â ELISA) com exames de fezes seqÃenciais. Esse trabalho foi realizado em etapas, no qual na primeira, dos 287 indivÃduos que realizaram o mÃtodo de Kato-Katz, 11 (3,8%) apresentaram resultados positivos para S. mansoni. Com relaÃÃo aos outros helmintos foram encontrados: Trichuris trichiura 25 (8,7%), Ascaris lumbricoides 19 (6,6%) e Ancilostomideos 15(5,2%). Em relaÃÃo ao testes de ELISA, 97 (33,8%) foram positivos. Todos os pacientes que apresentaram ovos nas fezes foram positivos no teste sorolÃgico. Neste grupo estÃo inclusos os 11 que foram positivos na coproscÃpia. Dos pacientes com ELISA positivo e Kato-Katz negativos, apenas 56 entregaram as trÃs amostras de fezes para uma segunda anÃlise coproscÃpica. Desses, 14 (25%) foram positivos para Schistosoma mansoni. Dos 42 pacientes que continuavam negativos, 22 responderam no questionÃrio que nunca tiveram esquistossomose como tambÃm nunca receberam tratamento para a doenÃa. O presente estudo nÃo trata sà de determinar a prevalÃncia da doenÃa no municÃpio, e sim de identificar o maior nÃmero possÃvel de indivÃduos infectados, usando o mÃtodo sorolÃgico que foi aplicado de forma a contemplar a populaÃÃo residente em Ãreas de risco de transmissÃo ou expostas ao risco de infecÃÃo, principalmente por atividades domÃsticas e de lazer. Diante destes resultados, acredita-se, em concordÃncia com outros autores, que utilizando a tÃcnica de ELISA combinado com anÃlises repetidas de no mÃnimo 5 lÃminas de fezes, torna-se mais fÃcil diagnosticar pacientes com a esquistossomose, melhorando assim a hipÃtese que provavelmente em um futuro prÃximo, seremos capazes de combinar mÃtodos parasitolÃgicos e sorolÃgicos no programa de controle da esquistossomose, um fator importante para detecÃÃo de novos portadores da doenÃa.

ASSUNTO(S)

anatomia patologica e patologia clinica elisa fezes schistosoma mansoni enzyme-linked immunosorbent assay feces schistosoma mansoni.

Documentos Relacionados