Aspectos epidemiolÃgicos da esquistossomose mansÃnica hepatoesplÃnica em Pernambuco

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Compreendida como uma das mais importantes infecÃÃes helmÃnticas em saÃde pÃblica, a esquistossomose mansÃnica largamente distribuÃda em paÃses em desenvolvimento, à considerada a segunda doenÃa parasitÃria humana mais prevalente, perdendo apenas para malÃria. No Brasil, a esquistossomose representa um sÃrio problema mÃdico-social, sendo o Nordeste regiÃo hiperendÃmica e sede de vÃrios casos de formas graves da doenÃa, destacando Pernambuco como um dos estados de maior ocorrÃncia e alta morbimortalidade. A forma hepatoesplÃnica à considerada como indicador de gravidade da doenÃa caracterizada por alteraÃÃes clÃnicas, hematolÃgicas, bioquÃmicas e ultrassonogrÃficas. Dois trabalhos foram elaborados abordando a doenÃa nesta forma clÃnica. No primeiro estudo realizou-se uma revisÃo bibliogrÃfica acerca dos aspectos sÃciodemogrÃficos e clÃnicos da Esquistossomose na forma HepatoesplÃnica no estado de Pernambuco, mediante a busca dos mais importantes artigos cientÃficos indexados nos bancos de dados Lilacs, PubMed-MEDLINE e SciELO. Ao total foram analisadas 66 publicaÃÃes. No segundo estudo, o propÃsito foi descrever os principais aspectos sÃciodemogrÃficos e antecedentes clÃnicos de portadores de esquistossomose na forma hepatoesplÃnica(HE).Foram estudados 159 pacientes atendidos no AmbulatÃrio de Esquistossomose do Hospital das ClÃnicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE), no perÃodo de Setembro/08 a MarÃo/09, referÃncia no estado, que recebe pacientes de todo estado, principalmente, oriundos da Zona da Mata e litoral. Os pacientes foram submetidos à entrevista com aplicaÃÃo do protocolo de pesquisa padronizado seguido da revisÃo sistemÃtica de prontuÃrios, obedecendo aos seguinte critÃrio de inclusÃo: todos os pacientes com esquistossomose hepatoesplÃnica confirmada.. Os casos foram diagnosticados por ultrassonografia de abdome que confirmou fibrose periportal e esplenomegalia. Comprovou-se maior ocorrÃncia da forma HE na faixa etÃria de 31 a 60 anos e no sexo feminino 61% (97/159). A ocupaÃÃo que mais predominou foi a de domÃstica 23,9% (38/159), 44 pacientes (27,7%) eram analfabetos, 31 pacientes (19,5%) vivem com renda familiar inferior a um salÃrio mÃnimo. Quando comparado a estudos anteriores, o estudo sugere um aumento do nÃmero de casos graves oriundos da cidade de Recife 20,1% (32/159) e regiÃo metropolitana, principalmente do municÃpio de JaboatÃo dos Guararapes 11,9% (19/159). Quanto aos antecedentes clÃnicos, a hemorragia digestiva alta esteve presente em 61,6% (98/159) dos casos, 47,8% dos casos (76/159) revelaram Ãltimo contato com rios hà mais de vinte anos, 16 pacientes (10,1%) nÃo realizaram tratamento prÃvio para Esquistossomose. Os estudos demonstraram a expansÃo da forma grave da doenÃa em Pernambuco para Ãreas urbanas, sobretudo litoral e regiÃo metropolitana de Recife, mostrando a necessidade de vigilÃncia contÃnua dos Programas de Controle, sugerindo um processo de adequaÃÃo das estratÃgias dos serviÃos de saÃde, na tentativa de evitar que este problema continue representando situaÃÃo de difÃcil controle no Estado. AlÃm disso, a elevada freqÃÃncia de hemorragia digestiva alta nestes pacientes, bem como, relativo Ãndice de pacientes sem tratamento prÃvio para esquistossomose, observados no Artigo 2, fortalecem a necessidade de uma abordagem sistematizada em todos os casos com epidemiologia presente e diagnÃstico da forma hepatoesplÃnica

ASSUNTO(S)

forma hepatoesplÃnica epidemiologia hematologia hemorragia digestiva alta high digestive hemorrhage schistosomiasis mansoni esquistossomose mansÃnica epidemiology hepatosplenic form

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