Uma reflexão sobre a relação simbólica entre a água e o tempo na contística de Mia Couto

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

Este trabalho propõe uma análise de oito contos de Mia Couto pertencentes a obras publicadas entre 1994 e 2001. Fazem parte do nosso corpus as seguintes narrativas: ¿Nas águas do tempo¿, ¿Lenda de Namarói¿, ¿A viagem da cozinheira lagrimosa¿, ¿As lágrimas de Diamantinha¿, ¿Chuva: a abensonhada¿, ¿A última chuva do prisioneiro¿, ¿Rosita¿ e ¿A morte, o tempo e o velho¿. Nossa proposta consiste em verificar os significados que a água e o tempo adquirem, exemplarmente, em cada uma das estórias selecionadas por percebermos a presença desses elementos como símbolos recorrentes ao longo de sua contística. Observamos ainda a singularidade de seu fazer literário no que concerne ao imbricamento de oralidade e escrita, priorizando a identificação de características de resgate e inovação. Utilizamos como fundamentação teórica sobre símbolos e mitos basicamente os estudos desenvolvidos por Gilbert Durand, Gaston Bachelard e Mircea Eliade. Por acreditarmos ser de suma importância situar o autor e sua obra dentro da literatura a que pertence, no caso, a moçambicana, bem como seu envolvimento na constituição da cultura de seu país, recorremos a críticos literários e estudiosos da literatura africana de língua portuguesa, dentre os quais destacamos: Patrick Chabal, Maria Fernanda Afonso, Maria Nazareth Fonseca, Maria Zilda Cury, Terezinha Taborda Moreira e Ana Mafalda Leite, além do próprio autor.

ASSUNTO(S)

mia couto couto, mia, 1955- literatura africana literatura mocambicana short story literatura portuguesa water time conto Água mozambicam literature tempo critica e interpretacao

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