Uma lectina do lÃquen Cladonia verticillaris: purificaÃÃo e caracterizaÃÃo parcial

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

Lectinas sÃo proteÃnas ou glicoproteÃnas de origem nÃo imunolÃgica que possuem sÃtios de ligaÃÃo para carboidratos e/ou glicoconjugados. Uma lectina do lÃquen Cladonia verticillaris foi purificada atravÃs de cromatografia de exclusÃo molecular. O lÃquen triturado foi submetido à extraÃÃo e uma purificaÃÃo parcial por fracionamentos utilizando sulfato de amÃnio. As amostras foram submetidas a ensaios de atividade hemaglutinante (AH) e suas concentraÃÃes protÃicas foram estimadas. A fraÃÃo mais ativa, F1 (0-30 %), foi submetida a ensaios de inibiÃÃo, a ensaios de estabilidade tÃrmica e de dependÃncia de Ãons divalentes, assim como a ensaios cromatogrÃficos para a purificaÃÃo e caracterizaÃÃo lectÃnica. ClaveLL foi isolada atravÃs de cromatografia de exclusÃo molecular de F1, e submetida aos mesmos ensaios; foi tambÃm avaliada quanto à estabilidade da AH em valores de pH compreendidos de 2 a 12. F1 e ClaveLL foram analisadas em eletroforeses em gel de poliacrilamida (PAGE) para proteÃnas nativas Ãcidas e bÃsicas, assim como para proteÃnas desnaturadas. F1 foi inibida parcialmente por carboidratos (N-acetil-D-glicosamina, xilose, arabinose, ramnose e manose) e glicoproteÃnas (fetuÃna, caseÃna, ovalbumina e peroxidase) ou totalmente (glicoproteÃnas presentes em soro fetal bovino e em soro de coelho). ClaveLL foi inibida parcialmente por carboidratos (N-acetil-D-glicosamina, galactose, ramnose, manose, glicose e trealose) e ovalbumina, e inibida totalmente por fetuÃna, asialo-fetuÃna, caseÃna, asocaseÃna e glicoproteÃnas presentes em colostro, soro de coelho e soro fetal bovino. F1 foi termoestÃvel, mantendo sua AH a 80ÂC, enquanto ClaveLL foi sensÃvel ao aumento de temperatura. F1 e ClaveLL nÃo foram dependentes de Ãons, mas MnCl2, BaCl2, CaCl2 e MgCl2 estimularam sua AH. ClaveLL foi mais ativa nos valores de pH Ãcido (5,5) ou bÃsico (11,0). PAGE contendo SDS resolveu F1 e ClaveLL como Ãnica banda polipeptÃdica (glicosilada) com peso molecular menor que 14 kDa. F1 glicosilada pode ter resÃduos glicose/manose uma vez que se ligou à Cramoll 1,4-Sepharose, uma matriz de afinidade com a lectina de semente de Cratylia mollis, isoformas 1 e 4 glicose/manose especÃfica, imobilizada à Sepharose CL-4B. PAGE para proteÃnas nativas Ãcidas detectou em ClaveLL uma Ãnica banda que migrou junto com a frente de corrida; o mesmo foi observado em PAGE para proteÃnas nativas bÃsicas. Cromatografia de ClaveLL atravÃs de filtraÃÃo em gel em sistema ÃKTA-FPLC, resolveu trÃs picos distintos com AH, que sugeriram formas de agregados moleculares para a lectina nativa, com pesos moleculares estimados em 170, 110 (pico principal) e 82 kDa. Concluindo, ClaveLL glicosilada altamente purificada à estÃvel a pH e principalmente inibida por glicoproteÃnas

ASSUNTO(S)

cladonia verticillaris bioquimica lectina

Documentos Relacionados