Uma clínica no coletivo: experimentações no programa de saúde da família

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

A tese trata da clínica no coletivo, por meio da incidência do plano clínico no campo da saúde pública, nomeadamente na atenção básica integral. O coletivo é pensado aqui como composição multifacetada de elementos e fluxos heterogêneos: pessoais, institucionais, etc. Neste sentido, a incidência do plano clínico - não de uma ou outra disciplina clínica -, diz respeito ao acionamento da potência de tratar os problemas de saúde em função das variáveis e dos processos que os constituem. O problema de pesquisa consistiu em investigar a viabilidade e a pertinência desta posição clínica no âmbito de uma política pública de atenção básica integral à saúde. Trata-se de um estudo de caso sobre as experiências clínicas (entre 1998 e 2003) das equipes de saúde da família no Qualis II - Programa da Saúde da Família realizado na cidade de São Paulo por meio de parceria inicialmente entre a Secretaria Estadual de Saúde e a Fundação Zerbini, e atualmente desta última com a Secretaria Municipal de Saúde. Foi possível concluir pelo caráter produtivo da assunção de perspectivas clínicas no campo da atenção básica e, por meio delas, em outros níveis de assistência e gestão. No entanto, fica bastante claro também que não se trata de substituição de estratégias de intervenção e/ou de modelos de assistência. Ao contrário, a clínica se revela potente para produzir aberturas prospectivas e de (re)singularização individual e/ou coletiva no âmbito das práticas de saúde, porque dispõe ao imprevisível e ao intempestivo dos processos de adoecimento e de cura. Daí não se prestar à condição de modelo ou à formulações macropolíticas Descritores: Clínica; Subjetividade; Fonoaudiologia; Saúde Pública; Saúde Coletiva; Atenção Básica à Saúde; Programa de Saúde da Família

ASSUNTO(S)

saude coletiva saude publica fonoaudiologia psicologia clinica subjetividade

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