Um modelo de análise da flexibilidade no setor automobilístico brasileiro : estudo de caso em três montadoras

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

A flexibilidade é resultante da interação de fatores extra- e intra-empresa. Desta forma, a necessidade de flexibilidade está vinculada ao tipo de processo, de produto, de mercado, de estratégia competitiva, de organização e de relações de trabalho, ou seja, vai depender de todo o escopo de relações da firma e da gestão do trabalho. Em particular no Brasil, dentre as novas estratégias implementadas pelas montadoras automobilísticas, destaca-se a adoção de novos sistemas produtivos em rede, tais como o condomínio industrial e o consórcio modular, como forma de obtenção de maior flexibilidade. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é analisar a flexibilidade no setor automobilístico brasileiro, com base em estudos de caso de três plantas. A partir destes estudos, verifica-se que a obtenção da flexibilidade está mais associada a fatores organizacionais do que a fatores tecnológicos. Apresenta-se ainda um modelo de análise que enfoca as variáveis da flexibilidade nas empresas deste setor, classificadas em duas categorias: internas e externas. O estudo das empresas, a partir do modelo proposto, mostra que o contexto brasileiro oferece condições ótimas para a implantação de um tipo de fábrica automobilística com perfil predominante de montadora, que obtém flexibilidade sem que haja uma obrigação legal de investimento em tecnologia. A metodologia utilizada neste trabalho abrange levantamento bibliográfico nacional e internacional e pesquisa de campo, realizada por meio de entrevistas com funcionários de diferentes níveis, observação participante e análise dos documentos das empresas.

ASSUNTO(S)

brazilian automotive industry indústria automobilística flexibility flexibilidade : eficiencia relações de trabalho labor relations external flexibility internal flexibility

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