Tuberculosis Control and the challenges of the management in the primary health care of prioritary cities of Paraiba / Controle da tuberculose e os desafios da gestão na atenção básica de muncípios prioritários da Paraíba

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

A organização das ações de controle da tuberculose (TB) deve associar-se a um trabalho integrado entre os diferentes pontos do sistema de serviços de saúde e a sua eficácia depende das relações que estabelecem entre as pessoas, tecnologia e recursos. Logo, a coordenação se destaca como um instrumento determinante desse processo, cujos efeitos estarão diretamente relacionados à capacidade de prover e articular recursos de informação e conhecimento, organizativos, políticos e financeiros em função do tempo, prioridades estratégicas e operacionais concretamente estabelecidas. Assim, optou-se por avaliar, segundo a percepção dos gestores de saúde, a dinâmica da coordenação que organiza e orienta as ações de controle da tuberculose nos municípios de Bayeux e Santa Rita PB, bem como investigar as contradições existentes entre as competências atribuídas à coordenação das ações de controle da TB e as ações realizadas pelos gestores. Pesquisa de abordagem qualitativa que envolveu oito profissionais que exerciam cargos de gestão, dentre eles os coordenadores dos Programas de Controle da Tuberculose, da Atenção Básica, da Vigilância em Saúde, da Vigilância Epidemiológica bem como os Secretários de Saúde. O material empírico foi obtido por meio da entrevista semi-estruturada e a analise dos dados fundamentou-se na técnica de Análise de Conteúdo, modalidade temática, que conformou a unidade temática central Controle da Tuberculose: (re) descobrindo o cenário de atuação da gestão da atenção básica, e quatro categorias: A tuberculose no contexto sanitário municipal: planejamento, organização e descentralização das ações prioritárias; A operacionalização das ações voltadas para a Tuberculose: revelando a prática na prática; Luz, câmera, tuberculose: profissionais protagonistas, fragilidades coadjuvantes ou vice-versa?; A gestão de mãos atadas frente à realidade social dos usuários do serviço. Os resultados evidenciaram que há ausência de planejamento participativo, de articulação entre os gestores, desvalorização da TB como prioridade nos municípios, demonstrando que os profissionais ainda não estão habilitados para trabalhar com este agravo. Outras debilidades foram mencionadas, tais como: o acúmulo de funções e a rotatividade dos profissionais bem como dos gestores, a ausência de perfil para atender a demanda e o uso inadequado dos sistemas de informação. Assinalou-se ainda os fatores que impedem a adesão ao tratamento, sendo citado o uso de drogas lícitas e/ou ilícitas, o tempo prolongado do tratamento e a inadequação dos recursos financeiros o que ocasiona a falta de incentivos. A tarefa de gerenciar deve trilhar um caminho inovador e transformador, que ultrapasse as barreiras burocráticas e alcance o maior desafio que lhe é imposto: equilibrar as inter-relações profissionais no intuito de aperfeiçoar o desempenho do trabalho em saúde.

ASSUNTO(S)

tuberculosis health management enfermagem tuberculose primary health care atenção primária à saúde gestão em saúde

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