Tradução e adaptação para o português - Brasil do balance evaluation systems test e do minibestest e análise de suas propriedades psicométricas em idosos e indivíduos com doença de Parkinson

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

21/03/2012

RESUMO

Contextualização: O controle postural (CP) envolve vários subsistemas: visual, vestibular, somatossensorial, sistema nervoso, biomecânico e cognitivo. Nos idosos, os distúrbios do equilíbrio podem ocorrer devido a múltiplas deficiências, tais como perda multissensorial, fraqueza, limitações ortopédicas e cognitivas. Com a progressão da doença de Parkinson (DP), surge a instabilidade postural. Os testes de avaliação do equilíbrio utilizados na atualidade são direcionados à identificação dos indivíduos que apresentam alterações e à predição do risco de quedas, de forma que apontam para aqueles indivíduos que poderiam se beneficiar de intervenções, mas não auxiliam na tomada de decisão de como tratar a disfunção apresentada. Para superar a falta de instrumentos que avaliem especificamente os subsistemas envolvidos no equilíbrio, foi desenvolvido o Balance Evaluation Systems Test (BESTest), idealizado justamente para auxiliar na identificação do subsistema que pode ser o responsável pelo pobre equilíbrio funcional, de modo a guiar a intervenção clínica. Há ainda a versão curta deste instrumento (MiniBESTest). Objetivos: Realizar a tradução e adaptação transcultural do BESTest e do MiniBESTest para a língua portuguesa do Brasil, e analisar suas propriedades psicométricas em idosos e em indivíduos com DP. Métodos: Os testes foram traduzidos e adaptados seguindo instruções padronizadas e foram submetidos à análise de confiabilidade teste-reteste em dez idosos e dez indivíduos com DP. As propriedades psicométricas foram avaliadas pela análise Rasch em 35 idosos e 35 indivíduos com DP. Resultados: O coeficiente de confiabilidade de calibração dos itens variou de 0,97 a 0,98, indicando estabilidade dos mesmos. Tal coeficiente variou de 0,91 a 0,95 para os indivíduos, indicando que as medidas podem ser reproduzidas em aplicações subsequentes. No BESTest, os indivíduos foram separados em seis níveis de habilidade e os itens em sete níveis de dificuldade. No MiniBESTest, os indivíduos foram separados em quatro níveis de habilidade e os itens em nove níveis de dificuldade. Apenas dois itens do BESTest não se adequaram às expectativas do modelo. Deste modo, o conjunto de itens que compõe o teste foi capaz de avaliar um constructo unidimensional, demostrando adequada validade de constructo. Já em relação ao MiniBESTest todos os itens mostraram estatísticas de enquadramento adequadas. Os indivíduos com DP demonstraram pior equilíbrio que os idosos, atingindo menores pontuações nos testes. Dentre os indivíduos com DP, aqueles classificados em fases iniciais da doença (Estágios de Hoehn e Yahr - HY = 1 a 2,5) apresentaram melhor equilíbrio que aqueles com DP mais grave (HY = 3 e 4). Conclusão: O BESTest e o MiniBESTest mostraram ser ferramentas confiáveis e válidas para a avaliação do equilíbrio em indivíduos idosos e com DP, sendo necessário estudar sua aplicação em outras populações.

ASSUNTO(S)

equilibrio (fisiologia) teses. parkinson, doença de teses. idosos teses.

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