Tradução, adaptação transcultural e aplicabilidade da Escala de Estadiamento e Progressão da Degeneração Lobar Frontotemporal
AUTOR(ES)
Lima-Silva, Thais Bento, Bahia, Valéria Santoro, Carvalho, Viviane Amaral, Guimarães, Henrique Cerqueira, Caramelli, Paulo, Balthazar, Márcio, Damasceno, Benito, Bottino, Cássio Machado de Campos, Brucki, Sônia Maria Dozzi, Mioshi, Eneida, Nitrini, Ricardo, Yassuda, Mônica Sanches
FONTE
Dement. neuropsychol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-12
RESUMO
RESUMO Introdução: As escalas de estadiamento das demências, como a Clinical Dementia Rating (CDR), foram elaboradas para graduar a doença de Alzheimer (DA) e não incluem os sintomas específicos da degeneração lobar frontotemporal (DLFT). Objetivo: Realizar a tradução e adaptação cultural da Frontotemporal Dementia Rating Scale (FTD-FRS) para o contexto brasileiro e apresentar dados preliminares da sua aplicabilidade. Métodos: O processo de adaptação transcultural consistiu em: tradução, retrotradução (realizadas por tradutores independentes), discussão com especialistas sobre a versão em português e equivalência com a versão original, desenvolvimento da versão final com pequenos ajustes. Foi feita uma aplicação piloto em 12 pacientes com diagnóstico de demência frontotemporal variante comportamental (DFTvc) e 11 com DA, pareados quanto à gravidade da demência (CDR=1). O protocolo de avaliação incluiu a Addenbrooke's Cognitive Examination-Revised (ACE-R), Mini Exame do Estado Mental (MEEM), Executive Interview (EXIT-25), Inventário Neuropsiquiátrico (INP) e a Escala de Avaliação Clínica da Demência (CDR). Resultados: A FTD-FRS na versão brasileira pareceu apropriada. Resultados preliminares revelaram maiores níveis de incapacidade na DFTvc do que em pacientes com DA (DFTvc: 25% leve, 50% moderado, 25% grave; AD: 36.36% leve, 63.64% moderado). A CDR parece subestimar a gravidade da demência na DFTvc, uma vez que uma relevante proporção dos pacientes classificados com leves (CDR=1) de fato apresentaram nível moderado ou grave de comprometimento na FTD-FRS. Conclusão: A versão brasileira da FTD-FRS pode se mostrar adequada para auxiliar no estadiamento e determinar a progressão da DLFT.
ASSUNTO(S)
degeneração lobar frontotemporal demência frontotemporal variante comportamental doença de alzheimer estadiamento clínico progressão da doença.
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