Tradução, adaptação transcultural e validação da escala de Cincinnati no Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Neuro-Psiquiatr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-04

RESUMO

RESUMO Introdução: O uso de instrumentos padronizados internacionalmente para auxiliar os profissionais de saúde a reconhecer precocemente o AVC é recomendado. O processo de tradução e adaptação transcultural tem sido importante para garantir que a escala seja interpretada da mesma maneira em diferentes idiomas, assegurando sua aplicabilidade em vários países. Objetivo: Traduzir para o idioma português do Brasil, adaptar transculturalmente e validar a Cincinnati Prehospital Stroke Scale na população brasileira. Método: O estudo incluiu pacientes com suspeita de acidente vascular cerebral (AVC) atendidos por um Serviço de Atendimento Móvel Urgência (SAMU) 192 e encaminhados para uma Unidade de Cuidado Integral ao AVC. Foram realizados um processo sistemático de tradução e adaptação transcultural da escala original e a aplicação do instrumento final, que possibilitou a realização dos testes de sensibilidade, especificidade e acurácia, de acordo com o estudo original, além do índice de Cohen de Kappa, para avaliar a confiabilidade interobservador. Resultados: Após a tradução e a adaptação transcultural, a escala foi aplicada em 64 pacientes, apresentando acurácia de 93,0% e sensibilidade de 92,4% em relação ao diagnóstico final, considerado padrão-ouro. Em 26 pacientes (40,6%) foi possível calcular o índice de Cohen de Kappa, evidenciando excelente confiabilidade interobservador entre os itens da escala (0,8385 a 1,0000). Conclusão: A escala apresenta ótima acurácia, sensibilidade e concordância interobservador. Trata-se de um instrumento útil para auxiliar os profissionais da saúde durante a avaliação inicial do paciente com suspeita de AVC, uma vez que contribui significativamente para o reconhecimento precoce da doença de uma maneira simples e rápida.

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