Toxicidade prÃ-clinica de fitoterÃpicos à base de mel de abelha prÃpolis e extratos de Mikania glomerata, Eucalyptus globulus ou da associaÃÃo Zingiber officinale e Allium sativum em roedores

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

Nesse estudo, avaliamos a toxicidade prÃ-clÃnica aguda e crÃnica de 03 fitoterÃpicos, amplamente consumidos pela populaÃÃo brasileira para o tratamento de afecÃÃes respiratÃrias. A formulaÃÃo dos trÃs compostos contÃm mel de abelha e extrato de prÃpolis acrescida de extrato fluÃdo de Mikania glomerata (fitoterÃpico A), extrato fluÃdo de Eucalyptus globulus (fitoterÃpico B) ou extratos fluÃdos de Zingiber officinale e Allium sativum (fitoterÃpico C), os fitoterÃpicos A e B sÃo apresentados sob a forma de xarope e o fitoterÃpico C sob a forma deâsprayâ. O ensaio de toxicidade aguda dose Ãnica (7,5, 15, 25 ou 35 ml/kg; v.o.), em camundongos Swiss de ambos os sexos (n=10animais/grupo), demonstrou baixa ordem de toxicidade para os trÃs compostos. Os fitoterÃpicos A e C, em doses de atà 25 ml/Kg, nÃo produziram mortalidade nos animais dos respectivos grupos, enquanto que na dose de 35 ml/kg foi verificado um percentual de 30% e 70% de mortalidade para os fitoterÃpico C e A, respectivamente. Em relaÃÃo ao fitoterÃpico B, nos animais submetidos ao tratamento com doses de atà 15 ml/kg, nÃo foi verificado nenhum registro de morte. Entretanto, para as doses de 25 e 35 ml/kg foram observados mortalidade de 20% e 40%, respectivamente. Nos trÃs estudos nÃo foi possÃvel determinar a DL50 dos fitoterÃpicos em funÃÃo da impossibilidade de administraÃÃo de volume superior ao volume mÃximo (1 ml), jà utilizado na administraÃÃo da dose de 35 ml/kg, permitido para a espÃcie estudada. Nas observaÃÃes gerais, o tratamento agudo com os trÃs fitoterÃpicos (7,5 e 15 ml/kg) nÃo evidenciou nenhum indicativo de toxicidade, quando comparado ao grupo controle, do inÃcio atà o 14o dia apÃs o tratamento, para os animais sobreviventes. No estudo de toxicidade crÃnica em ratos de ambos os sexos, o tratamento com o fitoterÃpico A (7,5 ou 15 ml/kg; v.o.) nÃo apresentou diferenÃa no perfil hematolÃgico e bioquÃmico dos grupos tratados em relaÃÃo ao controle, apÃs 90 dias de tratamento. O perfil hematolÃgico dos grupos tratados com os fitoterÃpicos B ou C (7,5 ou 15 ml/kg; v.o.) tambÃm nÃo diferiram do controle. Os animais do grupo tratado com o fitoterÃpico B (7,5 ml/kg), apresentaram um aumento significativo (p<0,01) na concentraÃÃo plasmÃtica de triglicÃrides (102,2Â8.8 para machos e 100,0Â8.8 mg/dl para fÃmeas), em relaÃÃo ao grupo controle salina (86,8Â8.8 para machos e 84.6Â8.8mg/dl para fÃmeas). Os animais do grupo tratado com o fitoterÃpico C (15 ml/kg) apresentaram diferenÃas significantes (p<0,01) em relaÃÃo à concentraÃÃo plasmÃtica de glicose (86,8Â4,7 nos machos e 77,2􀁲4,7 mg/dl nas fÃmeas), em relaÃÃo aos valores do controle (66,7􀁲4,7 para os machos e 68,5􀁲4,7 mg/dl para as fÃmeas). Os valores relativos à concentraÃÃo de triglicÃrides (127,0􀁲11,0 nos machos e 96,0􀁲11,0 mg/dl nas fÃmeas) tambÃm diferiram significantemente (p<0,05) em relaÃÃo ao controle (86,8􀁲11,0 nos machos e 84,6􀁲11,0 mg/dl nas fÃmeas). A nÃvel clÃnico, estas diferenÃas constatadas, nÃo parecem ser significativas, uma vez que os valores observados se encontra dentro da faixa de referÃncia considerada normal para a espÃcie estudada. ApÃs a administraÃÃo crÃnica, o comportamento geral dos animais nÃo apresentou alteraÃÃo e a evoluÃÃo do peso corporal dos grupos tratados nÃo apresentou nenhuma diferenÃa significante em relaÃÃo ao controle. A anÃlise macroscÃpica de ÃrgÃos vitais tais como pulmÃes, fÃgado, coraÃÃo, rins e estÃmago nÃo revelaram nenhuma alteraÃÃo em relaÃÃo ao grupo controle. Em relaÃÃo ao peso desses ÃrgÃos, foi possÃvel constatar que, somente nos grupos de machos tratados com o fitoterÃpico A foram observadas diferenÃas estatisticamente significativas (p<0,05) em relaÃÃo ao peso do fÃgado e rim, para o grupo tratado com 7,5ml/kg, e do baÃo para o grupo tratado com 15 ml/kg. PorÃm, tais alteraÃÃes nÃo foram dose dependente e restringiram-se apenas aos machos. A anÃlise desses resultados leva a conclusÃo que, em doses equivalentes em termos humanos, os trÃs fitoterÃpicos (7,5 ou 15 ml/kg), nÃo apresentaram efeitos tÃxicos (agudo e crÃnico) relevantes do ponto de vista clinico, em camundongos Swiss e ratos Wistar de ambos os sexos

ASSUNTO(S)

e. globulus m. glomerata preclinical toxicity - acute and chronic m. glomerata toxicidade prÃ-clinica - aguda e crÃnica a.sativum z.officinale e. globulus ciencias biologicas a.sativum z. officinale

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