Tolerance to salt and thermal stresses in cultivars of taro and cassava tuberized in vitro / Tolerância aos estresses salino e térmico em cultivares de taro e mandioca tuberizadas in vitro

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A tuberização é um complexo processo de desenvolvimento que é influenciado por variáveis genéticas, ambientais e fisiológicas, sendo caracterizado por significativas mudanças anatômicas, hormonais e bioquímicas. Nesse sentido, a microtuberização in vitro, além de sua importância pela rápida propagação vegetativa das plantas livres de doenças, manutenção e manipulação de material, facilidade de conservação e intercâmbio de germoplasma, se presta como sistema experimental para o melhor entendimento de processos associados à indução e controle da tuberização. Com o objetivo de induzir o processo de microtuberização in vitro de cultivares de mandioca e de taro foi analisado a ação de diferentes reguladores de crescimento, BAP e ANA, doses de sacarose (3%, 6% e 8% p/v) e regime luminoso diferenciado. Foram analisadas características morfológicas como o comprimento da parte aérea (CPA), o número médio de raízes (NR), o diâmetro de rizomas (DR), o padrão de desenvolvimento dos microtubérculos, bem como características anatômicas. Com base nos resultados verificou-se que as cultivares de taro e mandioca respondem diferentemente à microtuberização in vitro. A cultivar de taro Japonês respondeu melhor ao processo de indução de microrizomas, principalmente quando submetida ao tratamento com 22,2 M BAP e 8% (p/v) sacarose. Já em mandioca, a cultivar Parazinha respondeu melhor à indução de raízes tuberiformes, tendo o tratamento constituído de 0,4 M BAP , 1,6 M ANA e 8% (p/v) sacarose como maior indutor na formação de raiz tuberiforme, tanto em meio semisólido quanto em meio líquido. No comprimento médio da parte aérea, comprimento médio da raiz mais longa e número médio de raízes destacou-se a cultivar de mandioca Mantiqueira, porém, em meio de indução à raiz tuberiforme, foi considerada recalcitrante. Anatomicamente, a microtuberização in vitro caracterizou-se pela presença de grãos de amido nos microrizomas e raízes tuberiformes de taro e mandioca, respectivamente. Para estudar os efeitos do estresse salino e de baixa temperatura in vitro, cultivares de taro e mandioca tuberizadas em meio MS foram transferidas para meio com diferentes concentrações salinas (0, 50, 75 e 100 mmol L-1 de NaCl) ou submetidas a diferentes temperaturas (5, 10 e 25C), por um período de 7 dias. Foram mensurados os níveis de etileno aos 5, 20 e 40 dias de cultivo para o experimento de estresse salino, e aos 3 e 7 dias para os de estresse térmico. Também, foram realizadas análises bioquímicas de enzimas antioxidantes (POD, PPO e CAT) e isoenzimas, além da análise das características morfológicas decorrentes do estresse abiótico. A adição de NaCl ao meio de cultivo induziu o estresse oxidativo, caracterizado pelo aumento da atividade das enzimas POD e CAT, e elevada concentração de etileno em mandioca. Em meio líquido, o NaCl elevou a produção de etileno e aumento da atividade da CAT na mandioca Parazinha; verificou-se também, diferença de tolerância ao estresse térmico e salino entre as cultivares de mandioca e taro. A baixa temperatura, em mandioca, também estimulou a atividade das enzimas POD e CAT, havendo diferença na atividade de enzimas em relação às partes da planta, e ainda, aumento da produção de etileno. Além disso, em taro, constatou-se duas isoenzimas para POD e PPO nos rizomas, havendo uma para POD e duas para PPO na parte aérea. Contudo, no sistema radicular de mandioca verificou-se duas isoenzimas para POD e uma para PPO.

ASSUNTO(S)

minituberização in vitro atividade de enzima estresse salino e térmico salt and thermal stresses melhoramento vegetal micro tuberization in vitro enzyme activity

Documentos Relacionados