Strongyloides stercoralis : frequencia em exames parasitologicos do Hospital de Clinicas da Unicamp e analise morfometrica das larvas

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DATA DE PUBLICAÇÃO

1996

RESUMO

Este trabalho foi baseado em dados parasitológicos obtidos de pacientes de ambulatórios e enfennarias do Hospital de Clínicas da Unicamp durante o período de março de 1993 a fevereiro de 1994. Foi realizado um levantamento da ocorrência da infecção por Strongyloides stercora/is entre os pacientes do Hospital. Foi realizada a análise morfométrica das larvas rabditóides e filarióides de S.stercora/is provenientes de infecções naturais humanas, com a finalidade de detectar diferen tes grupos ou populações de Strongyloides. Foram analisadas 16.940 amostras de fezes no Laboratório de Patologia Clínica do Hospital de Clínicas da Unicamp. As amostras foram submetidas aos testes parasitológicos de rotina, como: Hoffman, Rugai,Willis e esfregaços diretos. As amostras positivas (20,5%) foram agrupadas de acordo com sexo, idade, e infecções parasitárias em três grupos: helmintos, protozoários e mistas (helmintos e protozoários). Das amostras analisadas, 11,5% corresponderam à infecções por protozoários, 7,4% por helmintos,e 1,6% por protozoários e helmintos concomitantemente. A frequência de S. stercora/is foi de 4,9 % com predomínio da infecção na faixa etária correspondente a 31-60 anos do sexo masculino. Das amostras positivas para s.stercora/is, 79,2% corresponderam a infeções isoladas, 4,7 % associadas a ancilostomatideos, 8,3% associadas a protozoários, 5,2% a outros helmintos, e 2,6% estavam associadas a outros helmintos e protozoários. Entre os pacientes que apresentaram a infecção, 90 foram escolhidos para base do estudo morfométrico. Os dados foram obtidos através de consulta aos prontuários do Hospital e relataram sintomatologia em 78,go,lo desses pacientes. Entre os pacientes sintomáticos, as queixas foram variadas, mas predominaram as relacionadas com o trato gastro-intestinal. A maioria dos pacientes selecionados apresentou até 50 larvas! g de fezes. Para a análise morfométrica das larvas dos 90 pacientes selecionados, Ig de fezes foi separado para o exame quantitativo e o restante do material foi utilizado para a cultura em carvão animal granulado para obtenção de larvas filarióides. Tanto as larvas rabditóides obtidas das fezes quanto as provenientes de cultura, foram concentradas pelo método de Rugai, mortas pelo calor e fixadas em T AF. Posteriormente, foram desenhadas em câmara clara e medidas com curvímetro, seguindo critérios morfométricos padronizados. F oram medidas 397 larvas rabditóides e 457 filarióides. As médias das medidas das larvas rabditóides foram de 385,01::t 50,32 para comprimento total; 97,73 ::t 13,36 para comprimento do esôfago; 57,76 ::t 8,43 para comprimento da cauda; 21,12 ::t 4,31 para largura; 194,36::t 27,40 para distância do primórdio à cauda e 27,12 ::t 4,87 para o comprimento do primórdio genital. As médias das medidas das larvas filarióides foram de 505,53::t 35,82 para comprimento total; 218,17::t 7,86 para comprimento do esôfago; 58,36 ::t 7,89 para comprimento da cauda e 15,52 ::t 2,78 para largura. A análise estatística das medidas através da técnica de Componentes Principais, não foi capaz de detectar populações ou espécies diferentes de larvas de S. stercoralis nas infecções humanas

ASSUNTO(S)

larva - medição - morfologia estrongiloidiase infecção - pacientes - hospitais

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