Stents convencionais de aço inoxidável vs. cromo-cobalto: impacto clínico da liga metálica no cenário atual - registro InCor
AUTOR(ES)
Ribeiro, Henrique Barbosa, Campos, Carlos A., Lopes Jr., Augusto C., Esper, Rodrigo B., Kajita, Luiz Junya, Zalc, Silvio, Spadaro, André Gasparini, Horta, Pedro Eduardo, Lemos, Pedro Alves, Soares, Paulo Rogério, Perin, Marco Antônio, Ribeiro, Expedito E.
FONTE
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-03
RESUMO
INTRODUÇÃO: Há alguns anos estudos demonstraram que stents de cromo-cobalto, com hastes mais finas, reduziram de forma expressiva a reestenose coronária, comparativamente aos stents convencionais de aço inoxidável disponíveis na época. Desde então, stents com hastes < 100 µm e diferentes ligas metálicas estão disponíveis para uso clínico. O objetivo deste estudo foi avaliar a existência de diferenças nos resultados clínicos de pacientes submetidos a intervenção coronária percutânea (ICP) com stents de hastes finas e diferentes ligas metálicas. MÉTODOS: Registro unicêntrico, em que foram comparados os resultados de pacientes submetidos a ICP com stent de aço inoxidável (n = 135) vs. stent de cromo-cobalto (n = 181). O desfecho primário foi a ocorrência de eventos cardíacos adversos maiores (ECAM), definidos pela ocorrência de óbito, infarto agudo do miocárdio (IAM) ou revascularização do vaso-alvo (RVA) no seguimento tardio. RESULTADOS: A média de idade dos pacientes foi de 64 ± 11 anos, com 32,6% de diabéticos e 65,5% com síndrome coronária aguda à admissão, sem diferenças na maioria das características clínicas e angiográficas avaliadas entre os grupos. Na comparação das características do procedimento, a estratégia de implante direto do stent foi mais frequente no grupo cromo-cobalto (30,3% vs. 40,2%; P = 0,04). Ao final de mediana de 500 dias de seguimento, não houve diferenças significativas entre os grupos para a ocorrência de ECAM (15,5% vs. 16,5%; P = 0,6), óbito (4,6% vs. 6,8%; P = 0,29), IAM (2,7% vs. 4,1%; P = 0,41) ou RVA (10,4% vs. 10,1%; P = 0,97). CONCLUSÕES: Nessa população do mundo real os stents de cromo-cobalto apresentaram eficácia e segurança semelhantes às dos stents de aço inoxidável, porém com menor necessidade de instrumentação coronária.
ASSUNTO(S)
stents angioplastia angioplastia coronária com balão reestenose coronária
Documentos Relacionados
- Implante contemporâneo de stents convencionais: comparação dos stents de hastes finas de aço inoxidável versus cromo-cobalto
- Modificações na angulação coronária após implante de suporte vascular bioabsorvível e de stents de cromo-cobalto e aço inoxidável
- Comparação dos stents farmacológicos vs. stents convencionais para o tratamento do infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST: resultados do Registro EINSTEIN
- Resultados clínicos iniciais do primeiro stent de cromo-cobalto concebido no Brasil
- Stents farmacológicos vs. stents não-farmacológicos no tratamento de enxertos de veia safena