Comparação dos stents farmacológicos vs. stents convencionais para o tratamento do infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST: resultados do Registro EINSTEIN

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

FUNDAMENTOS: Os estudos randomizados que testaram os stents farmacológicos no infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMSST) demonstraram resultados conflitantes. Além disso, a trombose do stent e o seguimento tardio pouco reportado permanecem como os grandes limitantes à expansão da aplicação desses dispositivos no IAMSST. OBJETIVO: Comparar as taxas de eventos cardíacos adversos maiores combinados (ECAM) e as taxas de trombose do stent em pacientes não-selecionados tratados com stents convencionais ou farmacológicos no IAMSST e alocados de forma não-randômica. MÉTODO: Entre janeiro de 2001 e julho de 2007, 251 pacientes consecutivos com IAMSST foram submetidos a angioplastia primária ou de resgate com implante de stent convencional (n = 112) ou farmacológico (n = 139), no Hospital Israelita Albert Einstein - São Paulo, SP. Investigamos a incidência de ECAM (óbito, infarto do miocárdio e revascularização do vaso-alvo [RVA]) e as taxas de RVA e trombose do stent. RESULTADOS: No total, a média das idades foi de 63 ± 13 anos, sendo 77% dos pacientes do sexo masculino. No seguimento mediano de 2,8 anos (1,3-4,4), a incidência de ECAM foi maior nos pacientes tratados com stents convencionais, em comparação com os tratados com stents farmacológicos (25,2% vs. 10,1%; p < 0,01), fundamentalmente pela maior mortalidade tanto global (17,8% vs. 5,1%; p < 0,01) como cardíaca (15,9 vs. 4,3; p < 0,01) no grupo dos stents convencionais. A taxa de RVA foi de 7,5% no grupo dos stents convencionais e de 3,6% no grupo dos stents farmacológicos (p = 0,25). Não observamos diferenças significativas na incidência de trombose do stent (3,7% vs. 2,2%; p = 0,7). CONCLUSÕES: Nessa série observacional, o uso dos stents farmacológicos no IAMSST apresentou menor taxa de ECAM em comparação aos stents convencionais no seguimento clínico tardio.

ASSUNTO(S)

infarto do miocárdio contenedores stents farmacológicos angioplastia transluminal percutânea coronária avaliação de resultados

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