Soroepidemiologia da toxoplasmose caprina e ovina no estado de Minas Gerais.

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

RESUMO O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo soroepidemiológico da toxoplasmose caprina e ovina no Estado de Minas Gerais. Foram avaliados soros de 767 caprinos e 711 ovinos provenientes das regiões Centro, Oeste e Sul do Estado além de questionários com dados da propriedade e individuais de cada animal. O ELISA se mostrou sensível, específico e reprodutível no diagnóstico da toxoplasmose caprina e ovina. Para os caprinos, a prevalência encontrada foi de 43,0% e 46,0% através do ELISA e RIFI, respectivamente. Foi identificado uma maior prevalência de anticorpos anti-T. gondii em caprinos de raça pura. Não foi observada associação significativa entre a positividade para toxoplasmose e o sexo ou idade dos animais. Os fatores de risco para a infecção por T. gondii em caprinos foram: idade superior a 36 meses (OR= 1,21 IC 95% 1,02 1,44), presença de aprisco (OR= 1,83 IC 95%1,01 3,31) e tipo racial puro (OR= 2,49 IC 95% 1,11 5,59). Para os ovinos, foi encontrada uma prevalência de 31,0% através do ELISA e 43,0% utilizando a RIFI. Foi observada diferença estatística na relação entre a prevalência da toxoplasmose e a faixa etária dos ovinos. Para as variáveis sexo e tipo racial não foram observadas associações. O único fator de risco encontrado para infecção por T. gondii em ovinos do Estado de Minas Gerais foi a idade. Animais com idade superior a 36 meses tiveram risco 1,45 maior de estarem infectados, quando comparados com os mais novos (IC 95% 1,20 1,74). Foi observado que 26,8% e 19,0% dos caprinos e ovinos, respectivamente, possuem anticorpos IgG para T. gondii de baixa avidez. Este resultado sugere a presença de animais em fase recente da toxoplasmose nas regiões do Estado de Minas Gerais.

ASSUNTO(S)

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